Israel Promete 'Medidas Enérgicas' Contra Violência Recorde de Colonos na Cisjordânia



O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou 'medidas enérgicas' contra os colonos radicais responsáveis por atos de violência contra a população palestiniana e as tropas de Israel na Cisjordânia.
Netanyahu descreveu os autores destes atos como 'uma minoria' que não representa a maioria dos colonos, que, segundo ele, 'respeitam a lei e são leais ao Estado'. Afirmou ainda que Israel é 'uma nação de leis' e que as ações violentas receberão uma 'resposta muito forte', apesar das críticas sobre a impunidade de que gozam os israelitas radicais no território ocupado. A posição do governo é partilhada pelo comandante do exército israelita, Eyal Zamir, que manifestou a determinação em 'pôr fim a este fenómeno', afirmando que não tolerará 'o comportamento criminoso de uma pequena minoria'.
O Presidente de Israel, Isaac Herzog, também condenou os ataques, classificando-os como 'chocantes e inaceitáveis'.
Numa ação descrita como invulgar, a polícia e o exército prenderam vários colonos por envolvimento em ataques violentos.
A violência na Cisjordânia intensificou-se desde o início da guerra na Faixa de Gaza, a 7 de outubro de 2023. Segundo o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em outubro registaram-se pelo menos 264 ataques de colonos, o valor mensal mais elevado em quase duas décadas. Desde o início do conflito, as Nações Unidas reportam a morte de mais de mil palestinianos na Cisjordânia em episódios envolvendo militares e colonos.
No mesmo período, dados oficiais israelitas indicam a morte de pelo menos 36 israelitas.
Os ataques, frequentemente atribuídos a colonos jovens de colonatos ilegais, visam palestinianos, ativistas, jornalistas e, por vezes, militares israelitas, tendo aumentado durante a colheita da azeitona. Este surto de violência ocorre num contexto em que mais de 500 mil israelitas vivem em colonatos na Cisjordânia, considerados ilegais pelo direito internacional, entre cerca de três milhões de palestinianos. Recentemente, o parlamento israelita (Knesset) aprovou uma leitura inicial de um projeto de lei para a anexação da Cisjordânia, gerando críticas internacionais.













