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Mundo Segunda-feira, Agosto 18

“Vão surgir um milhão de Anas após atentado”: estrela da cadeia de TV Al Jazeera era ameaçado por Israel

O anúncio de Israel de uma nova ofensiva militar na cidade de Gaza, apresentada como a melhor forma de terminar a guerra, suscitou fortes críticas da ONU e de vários países europeus, que alertam para uma catástrofe humanitária e uma violação do direito internacional.
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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou que Israel lançará “muito em breve” uma ofensiva contra a cidade de Gaza e os campos de refugiados, que considera serem os últimos bastiões do Hamas. Netanyahu defendeu o plano como a “melhor forma” e a “mais rápida” de pôr fim à guerra de 22 meses, afirmando que o exército israelita já controla entre 70% a 75% do território.

Insistiu que o objetivo “não visa ocupar Gaza”, mas sim desmilitarizá-la.

O plano, aprovado pelo gabinete de segurança de Israel, prevê que o exército assuma o controlo da cidade de Gaza enquanto distribui ajuda humanitária fora das zonas de combate. Como pré-requisito, serão criadas “zonas de segurança” para a população civil, embora as suas localizações não tenham sido especificadas. O plano de Netanyahu para o pós-guerra inclui o desarmamento do Hamas, a libertação de todos os reféns, a desmilitarização de Gaza, o controlo de segurança primordial por parte de Israel e o estabelecimento de uma administração civil pacífica e não israelita. O primeiro-ministro rejeitou a solução de dois Estados, considerando “vergonhoso” o apoio europeu a esta via.

A comunidade internacional reagiu com preocupação.

Um alto funcionário da ONU, Miroslav Jenca, alertou que o plano israelita arrisca desencadear “uma nova calamidade” com repercussões “em toda a região”.

A ONU já tinha alertado em julho que as “zonas de segurança” poderiam tornar-se “campos de concentração”.

Numa declaração conjunta, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, e os seus homólogos de Espanha, Islândia, Luxemburgo, Irlanda, Eslovénia, Malta e Noruega, condenaram “veementemente” o plano.

Alertaram que a decisão irá agravar a crise humanitária, pôr em risco a vida dos reféns e resultar num número “inaceitavelmente elevado” de mortos e na deslocação forçada de quase um milhão de civis. Os ministros consideram a ofensiva uma “violação flagrante do direito internacional” e um obstáculo à solução de dois Estados, reiterando o apelo a um cessar-fogo imediato e à libertação dos reféns, ao mesmo tempo que afirmam que o Hamas deve ser desarmado e não pode ter qualquer papel na futura governação de Gaza.

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