
Fome mata mais oito pessoas em Gaza incluindo bebés



A Organização das Nações Unidas (ONU), através do seu organismo de Classificação de Fases de Segurança Alimentar Integrada (IPC), declarou oficialmente a fome na Cidade de Gaza. Segundo o relatório, mais de 500 mil pessoas enfrentam “condições catastróficas”, e prevê-se que a situação se estenda a outras províncias do enclave até ao final de setembro. Vários responsáveis da ONU, incluindo o Secretário-Geral António Guterres, e agências como a UNICEF e a OMS, afirmaram que a fome era evitável e acusaram Israel de “obstrução sistemática” à entrada de ajuda, considerando que o uso da fome como tática militar constitui um crime de guerra. A União Europeia corroborou a avaliação, afirmando que a fome “é uma realidade” e exigindo ações imediatas de Israel para permitir o acesso humanitário.
O governo israelita rejeitou categoricamente as conclusões.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, classificou o relatório como uma “mentira descarada”, afirmando que Israel tem uma política de “prevenção da fome” e atribuindo a escassez ao desvio de ajuda pelo Hamas. O embaixador de Israel em Portugal, Oren Rozenblat, reforçou esta posição, declarando que “ninguém morreu de fome em Gaza” e que as imagens de desnutrição são parte da “campanha de propaganda do Hamas”. Rozenblat argumentou que Israel não tem obrigação legal de fornecer alimentos, mas que permite a entrada de ajuda por “ética”, e que já entraram mais de dois milhões de toneladas de mantimentos. Organizações não-governamentais internacionais, como a Save the Children, Oxfam e Ação Contra a Fome, denunciaram uma “fome à vista do mundo”, descrevendo-a como uma catástrofe “fabricada e evitável”, resultante do uso da fome como “arma de guerra” por parte de Israel.
Estas organizações exigem um cessar-fogo imediato e o levantamento do bloqueio.
O Hamas, por sua vez, considerou a declaração da ONU uma “vergonha” para Israel e exigiu a abertura imediata de todas as passagens para a entrada de ajuda. O conflito, iniciado após o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, já resultou em mais de 62 mil mortos em Gaza, segundo as autoridades locais.
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