
Pedido de desculpas de Netanyahu ao Qatar por ataque em Doha



O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas esta segunda-feira ao seu homólogo do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, pelo ataque israelita à capital do Qatar, Doha, a 9 de setembro.
O pedido foi feito através de um telefonema mediado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, durante um encontro entre Netanyahu e Trump na Casa Branca.
Numa declaração, a presidência norte-americana confirmou que o chefe de governo israelita lamentou a violação da soberania do Qatar, expressou pesar pela morte de um segurança qatari e prometeu que ataques do género não se repetiriam no futuro.
A iniciativa da chamada partiu de Trump, segundo fontes diplomáticas.
O ataque sem precedentes das forças israelitas em Doha resultou na morte de pelo menos seis pessoas: cinco membros do Hamas e um membro da polícia local. Entre as vítimas mortais do Hamas estavam Hamam Khalil al-Hajjah, filho do principal negociador do grupo, e o seu chefe de gabinete, Jihad Labad, além de três guarda-costas. Contudo, Suhail al-Hindi, membro do gabinete político do Hamas, afirmou à Al Jazeera que a "direção do movimento sobreviveu ao ataque". Na altura, Israel justificou a operação como um "ataque cirúrgico" que visava a liderança do grupo extremista palestiniano. Netanyahu afirmou que a ação foi uma resposta a um atentado em Jerusalém, no qual dois palestinianos mataram a tiro seis pessoas e que foi reivindicado pelo braço armado do Hamas. O ataque em Doha foi controverso, dado que o Qatar é um dos principais mediadores nas negociações para um cessar-fogo em Gaza e acolhe o gabinete político do Hamas, tendo sido palco de conversações indiretas com delegações israelitas.
O envolvimento norte-americano foi crucial.
Dias antes do pedido de desculpas, Donald Trump já tinha pedido a Israel para ter cuidado com o Qatar, descrevendo-o como "um grande aliado" dos Estados Unidos. A chamada telefónica ocorreu no mesmo dia em que o Presidente dos EUA se mostrou confiante na possibilidade de alcançar um acordo de paz para Gaza, tendo apresentado uma proposta para o fim do conflito.
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