Neurologia em Destaque: Da Investigação em África ao Legado de Egas Moniz



A neurologista moçambicana Helena Buque, de 38 anos, foi distinguida com o Prémio Elsevier durante o 27.º Congresso Mundial de Neurologia (WCN 2025), realizado em Seul. O prémio reconheceu o seu estudo sobre o impacto das doenças neuroinfecciosas na África Subsaariana, intitulado “A Carga das Doenças Neuroinfecciosas Crónicas na África Subsaariana: Informação Preliminar de um Estudo de Coorte em Curso no Hospital Central de Maputo”.
Segundo a Federação Mundial de Neurologia (WFN), organizadora do evento, Buque foi a única profissional africana a receber um galardão nesta edição do congresso. O trabalho de Helena Buque combina a prática clínica no Hospital Central de Maputo, o maior de Moçambique, onde trata casos de AVC e distúrbios do movimento, com a investigação académica.
Atualmente, frequenta um doutoramento em Investigação Clínica e Medicina Translacional na Universidade do Algarve.
A sua investigação, ainda em curso, visa mapear a prevalência e o impacto das infeções que afetam o sistema nervoso em Moçambique, com o objetivo de melhorar os diagnósticos e os serviços de saúde neurológica, que são escassos no país. A distinção em Seul lança luz não só sobre a sua carreira, mas também sobre as carências de saúde no continente africano. Em paralelo com este reconhecimento contemporâneo, a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) organizou uma conferência para refletir sobre o legado de Egas Moniz, laureado com o Prémio Nobel da Medicina em 1949. O evento, integrado nas comemorações do bicentenário da instituição, reuniu especialistas de universidades como as de Bordéus e Hannover, bem como investigadores portugueses da Fundação Champalimaud e do Hospital de Santa Maria. A conferência abordou as múltiplas facetas de Moniz, analisando tanto as suas contribuições revolucionárias como os aspetos mais controversos da sua carreira.
Foram discutidas a angiografia cerebral, uma técnica pioneira que transformou o diagnóstico neurológico, e a leucotomia pré-frontal.
Esta última, apesar de lhe ter valido o Nobel, permanece um dos temas mais delicados na história da medicina devido às suas implicações éticas, que continuam a ser debatidas. A iniciativa procurou, assim, celebrar e problematizar a herança de uma das figuras mais influentes da medicina portuguesa.
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A Federação recorda que o processo de recolha de sangue é um procedimento rápido (cerca de 30 minutos), e pode ajudar a salvar várias pessoas, já que uma única unidade de sangue pode servir para ajudar até três pessoas.






