Do V6 da Ferrari aos Clássicos de Leilão: Histórias de Exclusividade Automóvel



A Ferrari surpreendeu o mercado ao apresentar o novo F80, sucessor de uma linhagem de supercarros icónicos, equipado não com o tradicional motor V12, mas com um V6 de 3,0 litros com sistema híbrido.
A marca de Maranello justificou a decisão como uma escolha “fácil”, priorizando o desempenho puro em detrimento do legado.
Inspirado no motor do 499P, tricampeão em Le Mans, este V6 permite ao F80 ser mais leve e aerodinâmico.
Apesar da quebra com a tradição, o sucesso foi imediato, com as 799 unidades a serem vendidas rapidamente.
A Ferrari garante, no entanto, que os motores V12 e V8 continuarão a ser desenvolvidos, prevendo que em 2030 os motores de combustão interna ainda representem 40% da sua gama.
No universo dos clássicos, a exclusividade também dita o valor, como demonstram dois exemplares recentemente leiloados.
O último Mini personalizado pela empresa Wood & Pickett, um modelo Margrave de 1990, foi vendido por cerca de 33.500 euros. Este automóvel, baseado num Mini City 1000, destaca-se pelos detalhes de luxo, como a pintura na cor Midnight Blue Metallic da Rolls-Royce, interior em pele, bancos Recaro e um motor de 1,3 litros modificado.
Com apenas quatro mil quilómetros e tendo pertencido sempre à mesma família, representa o auge da personalização de um ícone britânico. Outro exemplo de raridade é um BMW 502 Coupé de 1955, um de apenas 29 exemplares produzidos pela carroçadora alemã Baur.
Este modelo, versão mais luxuosa e potente do BMW 501 graças ao seu motor V8, foi adquirido novo pelo piloto finlandês Aleksi Patama.
O seu valor histórico e a sua produção extremamente limitada refletiram-se no preço de venda em leilão, que atingiu os 207 mil euros.
Estes casos ilustram como tanto a inovação disruptiva como a raridade histórica criam automóveis de elevado valor e interesse para colecionadores.










