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Nobel da Economia: Inovação Verde e IA como motores de crescimento, com alertas à concorrência

O recente vencedor do prémio Nobel da Economia, Philippe Aghion, defende que a Inteligência Artificial e a inovação verde são os futuros motores do crescimento económico e da criação de emprego, mas alerta para os riscos de uma concorrência inadequada e de políticas erradas.
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O economista francês Philippe Aghion, distinguido em 2025 com o prémio Nobel da Economia juntamente com o canadiano Peter Howitt e o historiador Joel Mokyr, partilhou as suas perspetivas sobre o futuro do crescimento económico numa entrevista para a VII Conferência de Lisboa sobre Direito e Economia da Concorrência. Aghion e Howitt foram reconhecidos pela sua "teoria do crescimento sustentado através da destruição criativa", um conceito central nas suas mais recentes declarações.

Para o académico, a Inteligência Artificial (IA) possui um "fantástico potencial de crescimento" ao automatizar tarefas na produção de bens, serviços e ideias. Contudo, este potencial está ameaçado pela "falta de concorrência".

Aghion recorda que os gigantes tecnológicos, como a Google e a Microsoft, impulsionaram o crescimento nos EUA, mas o seu modelo, baseado em fusões e aquisições, acabou por inibir a entrada de novos concorrentes. Para evitar que o mesmo aconteça com a IA, o economista defende a necessidade de alargar a lei do mercado digital a toda a cadeia de valor da IA e de evitar uma regulamentação excessiva que beneficie as grandes empresas em detrimento de novos concorrentes. Paralelamente, Philippe Aghion identifica a agenda verde como outro grande setor gerador de novos postos de trabalho e essencial para combater o aquecimento global. Sustenta que é preciso "redirecionar as empresas para a inovação verde" através de uma abordagem de "cenoura e cacete", que combine preços e taxas de carbono com uma política industrial verde robusta. Na sua visão, a Europa tem-se focado demasiado nos impostos sobre o carbono e negligenciado a política industrial, ficando para trás em relação aos EUA e à China, que estão a liderar a inovação verde.

"Não devemos perder a corrida", afirmou.

O economista rejeita a ideia do decrescimento como solução para os problemas ambientais, sublinhando que para os países em desenvolvimento isso significaria "fome e pobreza". A alternativa, defende, é um crescimento impulsionado pela inovação direcionada para os setores certos, como as tecnologias verdes.

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