menulogo
Notícias Agora
user
Mundo Sexta-feira, Agosto 8

Nagasaki, Cupich: corrida às armas nucleares não se vence, só se pode perder

No 80.º aniversário dos bombardeamentos atómicos de Hiroshima e Nagasaki, líderes religiosos e uma laureada com o Nobel da Paz uniram-se em apelos ao desarmamento nuclear, refletindo sobre a tragédia e a necessidade de um futuro pacífico.
News ImageNews ImageNews Image

As comemorações do 80.º aniversário dos bombardeamentos atómicos sobre Hiroshima e Nagasaki foram marcadas por fortes apelos à paz e ao fim das armas nucleares.

Figuras proeminentes, incluindo o Papa Leão XIV, líderes da Igreja Católica e a vencedora do Prémio Nobel da Paz Narges Mohammadi, assinalaram a data com mensagens de reflexão e esperança. O Papa Leão XIV dirigiu uma mensagem a todas as vítimas que sofreram com o ataque a Hiroshima.

Numa peregrinação pela paz no Japão, o arcebispo de Chicago, Cardeal Cupich, celebrou uma missa em Nagasaki, onde condenou veementemente a decisão dos Estados Unidos de utilizar armas atómicas em 1945.

Descreveu-a como 'profundamente errônea', afirmando que violou o direito internacional e a doutrina moral católica.

O cardeal sublinhou que 'uma corrida às armas nucleares não se vence, só se pode perder'.

Na mesma linha, o bispo de Hiroshima, Dom Alexis Mitsuru Shirahama, apelou a que a 'natureza desumana do nuclear' seja desmascarada, defendendo um caminho comum rumo a um mundo sem este tipo de armamento. A laureada com o Prémio Nobel da Paz, Narges Mohammadi, também se pronunciou sobre a data, lamentando que a 'tentação' dos países de se dotarem de armas nucleares seja 'cada vez maior'. No dia que assinalou a morte de 140 mil pessoas em Hiroshima, Mohammadi apelou à desescalada militar.

Os vários discursos e mensagens convergiram num ponto central: a memória das vítimas deve servir como um catalisador para um compromisso global com o desarmamento e a prevenção de futuras catástrofes nucleares.

Artigos

6
categoryVer categoria completa
Close