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Nova Capacidade Aérea do Exército em Tancos

O Exército Português avança com a criação de uma unidade de helicópteros no Aeródromo Militar de Tancos, um projeto histórico que visa dotar as forças terrestres de meios aéreos próprios. As obras de modernização da base decorrem a bom ritmo para receber as novas aeronaves, que terão um duplo uso, militar e civil.
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O Exército Português está a desenvolver uma nova capacidade aérea através da criação da Unidade de Helicópteros de Apoio, Proteção e Evacuação (UHAPE) no Aeródromo Militar de Tancos. Segundo o Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Eduardo Mendes Ferrão, este projeto representa um "marco histórico", respondendo a uma necessidade antiga de dotar as forças terrestres de meios de asa rotativa próprios para operar na "terceira dimensão do campo de batalha". As obras de modernização em Tancos, no distrito de Santarém, "decorrem a bom ritmo", com a reabilitação do Hangar Norte prevista para o início de 2026, o que permitirá iniciar a formação de pilotos e técnicos antes da chegada dos equipamentos. As intervenções abrangem toda a infraestrutura, incluindo pista, torre de controlo e áreas de manutenção, com conclusão prevista para março de 2026. O processo de aquisição, inscrito na Lei de Programação Militar (LPM) e formalizado em outubro de 2024 pelo ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, prevê um investimento inicial de cerca de 50 milhões de euros. Serão adquiridos três helicópteros médios, com opção de compra de mais um.

A primeira aeronave deverá ser entregue no final de 2026, e as restantes anualmente até 2028.

Cada helicóptero terá capacidade para transportar até 12 militares e será de "duplo uso", servindo missões militares e de apoio à proteção civil. As missões militares incluem apoio aéreo próximo, reconhecimento, transporte tático e evacuação médica (MEDEVAC), tanto em território nacional como em teatros de operações internacionais. No âmbito civil, a nova unidade integrará o Plano de Apoio Militar de Emergência do Exército (PAMEEX), colaborando com entidades como o INEM, a GNR e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) em missões de evacuação, apoio logístico e, futuramente, combate a incêndios rurais.

A formação dos militares seguirá os requisitos europeus (EMAR/PMAR) e incluirá intercâmbios com exércitos aliados da NATO para garantir a interoperabilidade.

O projeto visa ainda gerar um impacto económico positivo na região do Médio Tejo, potenciando um uso dual, militar e civil, do aeródromo, uma possibilidade bem recebida pelos autarcas locais e à qual o Exército não se opõe.

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