Sindicatos desconvocam greve nos aeroportos após acordo com acionistas da SPdH Menzies



Os sindicatos representativos dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, cancelaram a greve que estava marcada para os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro. A desconvocação da paralisação foi anunciada pelo Sitava – Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Handling, Aviação e Aeroportos (STHAA) através de um comunicado conjunto, após intensas negociações. A decisão foi tomada na sequência da assinatura de dois acordos com os acionistas da empresa, a Menzies e a TAP, que foram validados pelo Governo português. Segundo os sindicatos, estes acordos fornecem as necessárias "garantias de estabilidade e futuro aos trabalhadores", resolvendo o impasse que motivou o protesto.
A greve tinha sido convocada devido à incerteza sobre o futuro dos postos de trabalho, no âmbito do concurso público para a atribuição de novas licenças de assistência em escala ('handling').
Um relatório preliminar da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) colocava o consórcio Clece/South em primeiro lugar, gerando preocupação entre os funcionários da SPdH.
A empresa emprega mais de 3.700 trabalhadores, dos quais cerca de 2.070 seriam diretamente afetados pelo resultado do concurso. No contexto deste processo, o Governo tinha já prorrogado as atuais licenças de 'handling' até, pelo menos, 19 de maio de 2026.
Antes da desconvocação, um tribunal arbitral tinha decretado serviços mínimos para a paralisação.
Esta medida visava garantir a assistência a voos de Estado, militares, de emergência e humanitários, bem como as ligações aéreas com as regiões autónomas e outras operações consideradas essenciais para a segurança de pessoas e instalações.












