
Problemas no alojamento levam estudantes universitário a manifestarem-se no Porto



A falta de alojamento para estudantes universitários no Porto motivou um protesto de quase 100 estudantes em frente à Câmara Municipal.
A manifestação, organizada pela Federação Académica do Porto (FAP), visou chamar a atenção para o que consideram ser “o principal problema do ensino superior em Portugal”. Os estudantes montaram um “parque de campismo académico” com 18 tendas, simbolizando as 18 mil camas que, segundo a FAP, faltam para cumprir as metas do Programa Nacional de Alojamento para o Ensino Superior (PNAES). A federação denuncia que no Porto é quase impossível arrendar um quarto por menos de 450 euros, muitas vezes sem contrato, o que impede o acesso a apoios sociais como o complemento de alojamento.
Em contraste com a falta de soluções públicas, a FAP inaugurou a sua segunda residência, a “Academia 24 do Marquês”. Localizada no Instituto Profissional do Terço, a residência acolhe 24 estudantes bolseiros e deslocados, aumentando para 64 o número total de camas disponibilizadas pela FAP.
O projeto representou um investimento de 150 mil euros, proveniente exclusivamente das receitas da Queima das Fitas do Porto, sem qualquer financiamento estatal ou de fundos europeus. Francisco Porto Fernandes, presidente da FAP, sublinhou que se trata de “uma residência de estudantes para estudantes”.
Presente na inauguração, o Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, elogiou a iniciativa como “um exemplo” da sociedade civil.
Relativamente ao PNAES, admitiu que a taxa de execução era de apenas 13% em agosto, mas garantiu que mais de mil camas seriam inauguradas em setembro em cidades como Beja, Portalegre e Lisboa. O ministro afirmou que a prioridade é concluir os projetos já em andamento até ao prazo de 2026, financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não se prevendo novos concursos.
No Porto, enquanto algumas residências estão em obras ou concluídas, o projeto para a Asprela foi abandonado.
Apesar das novas aberturas, a oferta continua a ser largamente insuficiente.
Francisco Porto Fernandes alertou que na academia do Porto existem pouco mais de 2.000 camas para cerca de 24 mil estudantes deslocados.
Defendeu que a oferta pública precisa, no mínimo, de ser triplicada até 2030 para estabilizar os preços no setor privado.
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