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Escola Fontes Pereira de Melo proibe telemóveis mas há excepções
Sem telemóveis. Antena 1 esteve numa escola de Lisboa a ouvir a opinião dos alunos
O novo ano letivo em Portugal arranca com uma alteração significativa para milhares de alunos: a proibição do uso de telemóveis em recintos escolares, uma medida que gera opiniões diversas e estabelece novas dinâmicas.
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O arranque do ano letivo fica marcado pela implementação de novas regras governamentais, nomeadamente a proibição da utilização de telemóveis para alunos até ao sexto ano.
A medida foi implementada em várias escolas do país, como a Escola Básica de Marvila, em Lisboa, e a Escola Básica Dom Pedro I, em Vila Nova de Gaia. Na Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, a proibição abrange todos os ciclos de ensino.
Os alunos do ensino básico devem manter os dispositivos desligados e guardados nas mochilas em todo o recinto escolar.
Para o ensino secundário, a restrição aplica-se nos blocos de aulas e espaços sinalizados.
No entanto, o regulamento interno da escola prevê exceções.
Uma delas destina-se a alunos cuja língua materna não é o português, como o caso de Kubra, uma aluna turca de 11 anos que utiliza o telemóvel para tradução, facilitando a sua comunicação. Outras exceções incluem a utilização para fins pedagógicos sob autorização do professor, e para alunos com problemas de saúde comprovados que necessitem de monitorização através de aplicações, como o controlo de glicemia em diabéticos.
A opinião dos alunos mais novos parece ser favorável à medida.
Carolina Soares, de 10 anos, que não tem telemóvel, defende que “a vida cá fora é que importa e conviver também faz bem”. A sua colega, Maria João Alves, lamenta que quando as amigas usam o telemóvel é “logo isolada”, pelo que vê a proibição como uma oportunidade para mais crianças brincarem juntas. José Maria, de 9 anos, partilha da mesma opinião: “Acho bem que não haja telemóvel para eu poder brincar”.
Apesar de ser vista como benéfica para a socialização, a medida poderá trazer novos desafios.
Prevê-se que os diretores de turma tenham de lidar com mais conflitos e um aumento da agressividade. Para os pais, surge o desafio de atuarem como “treinadores”, uma vez que as crianças poderão recorrer mais aos telemóveis no ambiente familiar.
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