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Atualidade Sexta-feira, Agosto 8

Médicos: Alentejo fora do grupo das regiões com maior cobertura médica

O número de profissionais de saúde em Portugal aumentou significativamente nas últimas décadas, mas os dados do Instituto Nacional de Estatística revelam um envelhecimento da classe médica e uma distribuição desigual pelo território.
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O número de médicos residentes em Portugal mais do que duplicou em 33 anos, passando de 28.326 em 1991 para 63.965 em 2024, o que corresponde a um rácio de seis médicos por mil habitantes. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), este crescimento foi acompanhado por uma significativa feminização da profissão: em 1991 havia 148,8 médicos por cada 100 médicas, relação que se inverteu para 71,5 em 2024.

Contudo, os dados revelam um envelhecimento da classe, com 26,6% dos médicos a terem mais de 65 anos.

Do total de inscritos, 62,4% possuem uma especialidade, sendo as mais comuns Medicina Geral e Familiar (23,3%), Medicina Interna (8,9%) e Pediatria (6,2%).

O crescimento estendeu-se a outras áreas da saúde.

O número de médicos dentistas triplicou entre 2002 e 2024, atingindo 12.490 profissionais.

O número de enfermeiros duplicou no mesmo período, para 85.499, dos quais 83% são mulheres e 29,4% são especialistas.

Já os farmacêuticos inscritos eram 17.101 em 2024, mais do dobro de 2002, com a proporção de mulheres a manter-se estável em torno dos 80%.

Persistem, no entanto, assimetrias geográficas significativas na distribuição destes profissionais.

A Região de Coimbra apresenta o rácio mais elevado de médicos (13,6 por mil habitantes) e de enfermeiros (14,6). Apenas 29 dos 308 municípios superam a média nacional de médicos. No caso dos enfermeiros, o município de Coimbra lidera com 25,5 por mil habitantes, enquanto concelhos como Pampilhosa da Serra registam menos de 2,0.

Para os médicos dentistas, as áreas com mais profissionais são a Área Metropolitana do Porto e Viseu Dão Lafões, em contraste com os rácios reduzidos no Alentejo Litoral, Baixo Alentejo e Lezíria do Tejo (0,5 nos três casos). A presença de profissionais estrangeiros é mais notória na medicina dentária, onde representam 8,9% do total, maioritariamente do Brasil (55,7%). Nos enfermeiros, os estrangeiros são 1,6% (36,1% do Brasil) e nos farmacêuticos, 0,9% (34,2% do Brasil).

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