Prevalência da Diabetes em Portugal Atinge Máximo Histórico e Exige Novas Respostas

A prevalência da diabetes em Portugal atingiu um valor recorde, com mais de 14% da população diagnosticada, levantando sérias preocupações sobre o subdiagnóstico e a necessidade de reformular os modelos de tratamento e financiamento.

A prevalência da diabetes em Portugal alcançou o seu valor mais elevado de sempre, com os dados mais recentes a indicarem que 14,2% da população residente foi diagnosticada com a doença. Este valor recorde é uma das principais conclusões do Relatório Anual do Observatório Nacional da Diabetes, intitulado «Diabetes: Factos e Números», um documento que, de acordo com uma das publicações, é elaborado pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia e abrange o período de 2022 a 2024. A dimensão do problema é expressiva, com um dos artigos a detalhar que, em 2024, aproximadamente 1,2 milhões de adultos na faixa etária dos 20 aos 79 anos viviam com diabetes em Portugal.

Esta tendência crescente da doença no país é motivo de grande preocupação para a comunidade médica e para as autoridades de saúde. Face a este cenário, os especialistas sublinham a urgência de repensar as estratégias atuais e pedem a implementação de um novo modelo de tratamento e de financiamento que seja mais adequado para responder à escala do desafio. Para além do número já elevado de diagnósticos confirmados, os relatórios alertam para outro problema persistente: os elevados níveis de subdiagnóstico.

Isto sugere que uma parte significativa da população pode ter a doença sem o saber, o que atrasa o início do tratamento e aumenta o risco de complicações graves a longo prazo. A combinação do aumento da prevalência com a questão do subdiagnóstico reforça a necessidade de campanhas de sensibilização e de estratégias de rastreio mais eficazes para garantir que todos os casos são identificados e geridos adequadamente, protegendo assim a saúde da população e a sustentabilidade do sistema de saúde.

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