Nvidia adquire ativos da startup de IA Groq por 20 mil milhões de dólares



A Nvidia, empresa líder em semicondutores, anunciou a aquisição dos ativos da startup de inteligência artificial (IA) Groq por 20 mil milhões de dólares (cerca de 17 mil milhões de euros), naquela que é a maior transação da sua história. A informação sobre o valor do negócio foi avançada por Alex Davis, presidente executivo da Disruptive, um dos principais investidores da Groq. A aquisição anterior de maior valor da Nvidia tinha sido a da empresa israelita Mellanox, em 2019, por 6,9 mil milhões de dólares. Oficialmente, a Groq comunicou que se trata de um "acordo de licenciamento não exclusivo" para a sua tecnologia de inferência, sem divulgar o valor. Como parte do acordo, o fundador e CEO da Groq, Jonathan Ross, o presidente Sunny Madra, e outros membros da equipa de topo irão juntar-se à Nvidia para desenvolver a tecnologia licenciada.
No entanto, a Groq continuará a operar como uma empresa independente, com o seu antigo diretor financeiro, Simon Edwards, a assumir o cargo de presidente executivo.
O negócio de armazenamento na nuvem da startup, GroqCloud, não foi incluído na transação e continuará a funcionar de forma autónoma. O presidente executivo da Nvidia, Jensen Huang, indicou que planeia integrar os processadores de baixa latência da Groq na sua própria plataforma de IA. O objetivo é ampliar a capacidade de servir uma gama mais vasta de cargas de trabalho de inferência de IA e em tempo real. A Groq, fundada por ex-engenheiros do Google, é especializada em 'chips' personalizados para executar modelos de IA, um processo conhecido como "inferência", que é crucial para aumentar a velocidade de resposta de aplicações como os 'chatbots'. Recentemente, a Groq estava avaliada em quase sete mil milhões de dólares e conta com investidores como a BlackRock, Samsung e Neuberger Berman.
Segundo o The New York Times, este tipo de operação, que combina licenciamento de tecnologia com a contratação de funcionários-chave, é por vezes utilizado por grandes empresas para adquirir os principais ativos de uma startup, evitando o escrutínio regulatório que uma aquisição completa poderia implicar.






