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Atas da Reserva Federal dos EUA revelam profundas divisões sobre política monetária

A mais recente reunião da Reserva Federal dos EUA resultou num corte das taxas de juro, mas as atas revelam uma instituição dividida sobre os próximos passos, num contexto de pressões políticas por parte do presidente Donald Trump.
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As atas da reunião de 9 e 10 de dezembro do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC) da Reserva Federal (Fed) dos EUA revelam profundas divisões internas sobre a direção da política monetária. Na reunião, foi aprovada uma redução das taxas de juro em um quarto de ponto percentual, fixando-as num intervalo entre 3,5% e 3,75%. No entanto, a decisão foi a mais disputada desde 2019, com um resultado de nove votos a favor e três contra. Os votos dissidentes vieram de Austan Goolsbee e Jeffrey Schmid, que preferiam manter as taxas inalteradas, e de Stephen Miran, que defendia um corte mais agressivo de 0,5%. Esta divisão já era visível nas atas da reunião de outubro, motivada pelo agravamento das condições de emprego nos EUA e por uma inflação que persiste nos 3% anuais.

As atas agora publicadas sugerem que o banco central poderá fazer uma pausa nos próximos meses, com alguns membros a defenderem que, após este corte, seria apropriado manter as taxas estáveis "durante algum tempo" para avaliar o cenário económico.

A decisão do FOMC ocorre num ambiente de forte pressão política.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem criticado abertamente o presidente da Fed, Jerome Powell, defendendo que o país deveria ter as taxas de juro mais baixas entre as economias avançadas. Com o mandato de Powell a terminar em maio, Trump já indicou que considera Kevin Hasset, o seu atual assessor económico, e Kevin Warsh, ex-governador da Fed, como possíveis sucessores. Espera-se que Trump anuncie a sua nomeação em breve para o cargo que ele próprio designou em 2018 e que foi depois apoiado por Joe Biden em 2021.

Este cenário de incerteza monetária insere-se num ano económico de 2025 que, segundo o economista João Duque, foi marcado pela instabilidade gerada pela política tarifária internacional, a qual "destruiu confiança, fez disparar o risco e deixou marcas profundas na economia real".

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