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O caderno de encargos de Álvaro Santos Pereira como governador do Banco de Portugal

Álvaro Santos Pereira, o próximo governador do Banco de Portugal, enfrenta um extenso caderno de encargos para o seu mandato de cinco anos, que abrange desde a política monetária europeia à supervisão do setor bancário nacional.
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O Governo anunciou a 24 de julho a escolha de Álvaro Santos Pereira, antigo ministro da Economia no governo de Passos Coelho e economista-chefe da OCDE, para suceder a Mário Centeno como governador do Banco de Portugal (BdP). A sua nomeação está, no entanto, pendente de uma audição parlamentar obrigatória.

Para o seu mandato de cinco anos, Santos Pereira tem pela frente um vasto conjunto de desafios e responsabilidades.

Uma das primeiras tarefas será a adaptação à cultura institucional do BdP e a sua afirmação como banqueiro central, uma área na qual não possui experiência prévia.

Terá de integrar o Conselho do Banco Central Europeu (BCE), participando em decisões cruciais como a definição das taxas de juro, que afetam diretamente os cidadãos e as empresas. Espera-se também uma relação menos tensa com o atual Governo, ao contrário do que aconteceu com o seu antecessor, dado que as suas recentes declarações públicas indicam uma proximidade com as ideias do executivo, como a defesa da redução de impostos.

A supervisão do setor bancário é outra das suas principais incumbências.

Este dossier inclui a gestão de processos importantes, como a aprovação da venda do Novo Banco ao grupo francês BPCE e a decisão sobre a venda do Banco Português de Gestão (BPG). Adicionalmente, terá de lidar com questões herdadas de mandatos anteriores, como as centenas de processos judiciais decorrentes da resolução do Banco Espírito Santo (BES), ocorrida há 11 anos. Outros desafios incluem a gestão dos prejuízos operacionais que o BdP registou em 2023 e 2024, devido à alteração do ciclo monetário, e a continuação do controverso processo de construção da nova sede da instituição em Lisboa.

Este último projeto foi alvo de polémica e levou o Ministro das Finanças a solicitar uma auditoria à Inspeção-Geral das Finanças.

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