
Paralisação do Governo dos EUA ('Shutdown')



O Governo dos Estados Unidos enfrenta o seu 20.º ‘shutdown’ nos últimos 50 anos, o terceiro sob a presidência de Donald Trump, devido a um impasse no Congresso sobre a libertação de fundos.
Este bloqueio financeiro é frequentemente utilizado como uma arma política, e desta vez os Democratas procuram encurralar a Casa Branca a um ano das eleições intercalares de 2026.
A disputa centra-se na manutenção de subsídios no setor da saúde, que os Democratas querem tornar permanentes, face à agenda MAGA (Make America Great Again) de Trump. Para aprovar o financiamento no Senado, os Republicanos necessitam do apoio de oito Democratas, mas o líder democrata, Chuck Schumer, afirmou que o seu partido não se deixará intimidar.
As consequências da paralisação são vastas, com o risco de suspensão de 750 mil trabalhadores federais, a um custo diário de 400 milhões de dólares. Outros impactos incluem o congelamento de salários de soldados, a paragem de agências federais, atrasos em viagens aéreas e a suspensão de investigações científicas. A interrupção na divulgação de dados estatísticos, como o relatório de emprego, é particularmente preocupante, pois pode dificultar a tomada de decisões por parte da Reserva Federal. Segundo a “Bloomberg”, uma paralisação de três semanas poderia aumentar a taxa de desemprego de 4,3% para 4,6-4,7%. O último ‘shutdown’ teve um impacto económico negativo de 11 mil milhões de dólares, dos quais 3 mil milhões nunca foram recuperados.
Apesar da gravidade da situação, os mercados financeiros têm reagido com calma.
Wall Street fechou em alta, com os investidores a anteciparem que a paralisação será de curta duração e com consequências económicas limitadas.
João Queiroz, do Banco Carregosa, referiu que "o mercado incorporou de uma forma bastante benigna este shutdown", considerando-o parcial e de provável resolução em poucas semanas.
No entanto, verificou-se uma procura por ativos de refúgio, com o ouro a atingir um novo recorde.
A crescente radicalização de ambos os partidos, como aponta o professor Robert Pape, torna a resolução do impasse mais difícil, num cenário político em que as regras parecem estar a mudar.
Artigos
10









Mundo
Ver mais
Apesar dos apelos à trégua, a Faixa de Gaza voltou a ser alvo de intensos bombardeamentos durante a madrugada, resultando em várias vítimas civis. O exército israelita manteve a ofensiva aérea horas depois de Donald Trump ter instado Israel a “interromper imediatamente” os ataques, sublinhando que o Hamas estaria “pronto para uma paz duradoura”.

O tráfego aéreo foi retomado "progressivamente" hoje de manhã no aeroporto de Munique, sul da Alemanha, após atrasos causados por novas observações de drones confirmadas pela polícia local, informou o segundo maior aeroporto da Alemanha.

A temporada dos prémios Nobel arranca na segunda-feira com o anúncio do vencedor da categoria de Medicina, mas, na edição deste ano, é o galardão da Paz que concentra as atenções por causa do Presidente norte-americano, Donald Trump.

O ex-comandante do exército dos EUA na Europa Ben Hodges defende que os líderes europeus têm de "dizer basta" à guerra na Ucrânia, alertando que a Rússia vai explorar a "falta de atenção" dos Estados Unidos da América (EUA).