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Atualidade Sexta-feira, Agosto 8

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O rio Ceira, maior afluente do Mondego, protagoniza uma viagem de 100 quilómetros desde a Serra do Açor até Coimbra, desvendando paisagens, história e tradições do Centro de Portugal. O seu percurso atravessa as icónicas Aldeias do Xisto e revela tesouros naturais e culturais.
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O rio Ceira nasce na Serra do Açor, no Cabeço do Gondufo, e percorre 100 quilómetros até se tornar o maior afluente do rio Mondego. Ao longo do seu trajeto pelos concelhos de Arganil, Pampilhosa da Serra, Lousã e Miranda do Corvo, as suas águas são aproveitadas pela barragem de Santa Luzia, que partilha com os rios Unhais e Zêzere. Ao entrar na Serra da Lousã, o Ceira enquadra uma das zonas mais emblemáticas da região: as Aldeias do Xisto.

Povoações como Aigra Nova, Candal, Talasnal ou Gondramaz partilham uma cultura serrana marcada pelo cultivo de castanheiros e carvalhos, e pela presença de fauna como o veado e o javali, bases de uma gastronomia secular.

Os antigos caminhos que ligavam estas aldeias são hoje percursos pedestres que convergem no ponto mais alto da serra, o Alto do Trevim (1205 metros), um miradouro natural com vistas panorâmicas que, em dias limpos, alcançam o oceano Atlântico.

A história da região está presente em locais como a Real Fábrica das Neves, criada no reinado de D. José I para produzir gelo para a corte a partir da neve acumulada em poços de xisto. Mais a jusante, a vila da Lousã destaca-se pela sua tradição industrial, iniciada no século XVIII com uma fábrica de papel cujos produtos foram utilizados pela Casa da Moeda. Com a chegada do caminho de ferro no século XX, outros produtos locais ganharam fama, como o Licor Beirão, cuja receita secreta continua a ser um mistério. O percurso do rio é também marcado por fenómenos geológicos notáveis, como a garganta do Cabril, conhecida como as Portas do Ceira, onde o rio rasgou um maciço rochoso. O troço final atravessa Miranda do Corvo, terra da chanfana e do arroz doce, e de locais de interesse como o Parque Biológico da Serra da Lousã e o Templo Ecuménico.

Após passar pela praia fluvial de Segade, o Ceira desagua no Mondego, terminando a sua viagem.

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