menulogo
Notícias Agora
user
Close

Rebeldes Houthis invadem escritórios da ONU e detêm 11 funcionários

A escalada de tensão no Iémen é marcada por um ataque aéreo israelita que vitimou o primeiro-ministro do governo huthi e pela subsequente detenção arbitrária de funcionários da ONU, suscitando a condenação internacional e apelos à desescalada.
News ImageNews ImageNews Image

Um ataque aéreo israelita na passada quinta-feira em Sana, capital do Iémen, resultou na morte do primeiro-ministro do governo controlado pelos rebeldes xiitas huthis, Ahmed al-Rahawi, juntamente com outros ministros e altos funcionários. O exército israelita confirmou a operação, afirmando que o ataque visou "altos oficiais militares e outros altos funcionários do regime terrorista huthi" e foi possibilitado por informações dos serviços secretos.

Em resposta, os huthis prometeram vingar a morte do seu líder e nomearam Mohammed Ahmad Mouftah como primeiro-ministro interino.

O Irão, que apoia o regime huthi, condenou veementemente o que classificou como um "ataque atroz", "crime de guerra" e "ação terrorista".

Teerão instou a comunidade internacional e o Conselho de Segurança da ONU a agirem com urgência para travar a "conduta beligerante" de Israel, alertando para as ameaças à paz e segurança internacionais.

Na sequência destes eventos, a 31 de agosto, as autoridades huthis detiveram arbitrariamente pelo menos 11 funcionários das Nações Unidas nas cidades de Sana e Hodeida.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou "veementemente" as detenções, exigindo a libertação "imediata e incondicional" de todos os trabalhadores detidos, incluindo os de organizações não-governamentais e missões diplomáticas. O enviado especial da ONU para o Iémen, Hans Grundberg, também condenou a "nova vaga de detenções", a invasão das instalações da ONU e a apreensão de bens da organização. Hans Grundberg apelou para que o Iémen não se torne "um campo de batalha para um conflito geopolítico mais amplo", exortando todas as partes a cessar os ataques e a utilizar canais diplomáticos para reduzir a tensão. O conflito insere-se num contexto mais vasto em que os huthis, parte do "eixo de resistência" liderado pelo Irão, têm lançado ataques contra Israel desde o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023. Estes ataques mútuos persistiram apesar de um cessar-fogo estabelecido em maio entre os huthis e os Estados Unidos, principal aliado de Israel.

Artigos

14
categoryVer categoria completa