
ONU pede investigação imparcial a assassínio de seis jornalistas em Gaza



Seis jornalistas palestinianos foram mortos no domingo, 10 de agosto de 2025, num ataque aéreo israelita que atingiu a tenda que ocupavam junto ao hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza.
As vítimas foram identificadas como Anas Al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal, Moamen Aliwa e Mohammad Al-Khaldi. O exército israelita assumiu a responsabilidade pelo ataque, acusando Anas al-Sharif, correspondente da Al Jazeera, de liderar uma "célula terrorista" do Hamas, sem, no entanto, apresentar provas que sustentassem a alegação.
O ataque gerou uma forte condenação por parte da comunidade internacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, a Organização de Cooperação Islâmica (OIC) e organizações não-governamentais como os Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) exigiram uma "investigação exaustiva, independente e imparcial" sobre as mortes. A OIC considerou o ato um "crime hediondo" e um "ataque direto à liberdade de imprensa", enquanto os RSF instaram o Conselho de Segurança da ONU a reunir-se com urgência. Estas mortes inserem-se num padrão de ataques contra profissionais da comunicação social na região.
Segundo o CPJ, pelo menos 186 jornalistas, dos quais 180 palestinianos, foram mortos por fogo israelita desde o início da ofensiva em outubro de 2023, enquanto a ONU aponta para 242 vítimas.
Várias entidades acusam Israel de uma perseguição sistemática e intencional a jornalistas, com o objetivo de "obscurecer a verdade" e "encobrir os crimes diários" cometidos no enclave, uma vez que a entrada de repórteres estrangeiros na Faixa de Gaza está proibida por Israel. A RSF e o CPJ já tinham alertado para a segurança de Al-Sharif, que havia denunciado uma "campanha de difamação" por parte de Israel. A ofensiva israelita em Gaza, que já provocou mais de 61.000 mortos e uma grave crise humanitária, foi uma resposta ao ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, que resultou em cerca de 1.200 mortos em Israel.
No plano económico, a crise humanitária levou o fundo soberano da Noruega, o maior do mundo, a anunciar a venda das suas participações em 11 empresas israelitas.
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