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OPA do BBVA sobre Sabadell autorizada por supervisor do mercado espanhol

A Comissão Nacional do Mercado de Valores de Espanha deu 'luz verde' à Oferta Pública de Aquisição (OPA) do BBVA sobre o Sabadell, um passo decisivo num processo que poderá reconfigurar o panorama bancário espanhol, mas que enfrenta condições governamentais e uma oposição generalizada.
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A Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) de Espanha autorizou a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo banco BBVA sobre a totalidade do capital social do seu rival Sabadell. A oferta, apresentada em 24 de maio, consiste numa contrapartida mista de uma nova ação do BBVA por cada 5,5483 ações do Sabadell, acrescida de 0,70 euros em dinheiro por ação.

Com esta autorização, o BBVA tem agora um prazo de 30 dias para avançar com a operação, que já tinha recebido aprovação da Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC) no final de abril.

Apesar das autorizações dos reguladores, a OPA enfrenta obstáculos significativos, nomeadamente por parte do Governo espanhol.

Em junho, numa decisão inédita, o executivo impôs condições para a fusão, exigindo que os dois bancos mantenham personalidades jurídicas, patrimónios e gestões separadas durante um período de três anos, que pode ser prolongado por mais dois.

O Governo justificou a medida com a necessidade de proteger princípios de "interesse geral", como o financiamento a pequenas e médias empresas, a proteção do emprego e a coesão territorial.

Esta intervenção levou a Comissão Europeia a abrir um procedimento de infração contra Espanha por incumprimento da regulamentação bancária da União Europeia.

Mesmo com as condições governamentais e a forte oposição do próprio Sabadell, do governo regional da Catalunha e de cerca de 70 associações empresariais e sindicatos, o BBVA decidiu avançar com a OPA em 11 de agosto. A instituição basca estabeleceu que prosseguirá com a oferta mesmo que consiga assegurar apenas 30% do capital do banco catalão.

Se a OPA for bem-sucedida, a fusão criará uma das maiores entidades bancárias da Europa, com ativos próximos de um bilião de euros, mais de 135 mil trabalhadores e uma rede superior a 7.000 agências, tornando-se o segundo maior banco de Espanha em ativos, ultrapassando o CaixaBank.

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