Conflito com Tribunal Leva à Renúncia do Advogado de Defesa de José Sócrates



Pedro Delille, advogado de José Sócrates, apresentou a sua renúncia ao mandato de defensor do ex-primeiro-ministro na manhã de 4 de novembro de 2025, no âmbito do julgamento da Operação Marquês. A informação foi confirmada por uma fonte do Tribunal Central Criminal de Lisboa, que ordenou de imediato a nomeação de um advogado oficioso para assegurar a defesa do arguido. A sessão agendada para o mesmo dia, destinada à audição de testemunhas, prosseguiu com a presença do novo defensor.
A renúncia surge após um episódio de tensão entre Pedro Delille e o coletivo de juízes. Segundo a CNN Portugal, o advogado terá comunicado ao tribunal, através de uma carta, que a sua permanência poderia prejudicar a defesa de José Sócrates. Este conflito culminou na passada quinta-feira, 30 de outubro, quando o tribunal decidiu participar a conduta do advogado à Ordem dos Advogados, por considerar que esta foi "ofensiva dos deveres deontológicos" da profissão.
O incidente em causa ocorreu quando Pedro Delille chegou atrasado a uma sessão do julgamento.
O advogado justificou o atraso com o facto de ter presumido que a audiência começaria mais tarde, uma vez que a testemunha a ser ouvida, a mãe de José Sócrates, de 94 anos, não iria comparecer por motivos de saúde, atestados por um documento que o próprio Delille havia entregue. Durante a sua ausência de cerca de meia hora, José Sócrates foi representado por uma advogada oficiosa.
Ao chegar, o causídico tentou apresentar um protesto e justificar-se, mas foi interrompido pela juíza presidente, Susana Seca, o que resultou numa troca de palavras tensa, na qual Delille afirmou "Não me vai ralhar", ao que a magistrada respondeu "acabou a brincadeira".
O julgamento de José Sócrates no Tribunal Central Criminal de Lisboa teve início a 3 de julho de 2025 e tem sessões agendadas, pelo menos, até 18 de dezembro do mesmo ano.
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