Operação policial em fábrica na Geórgia acaba com 475 imigrantes detidos

O cidadão mexicano Jesús Muñoz Gutiérrez, que havia sido deportado pelos Estados Unidos para o Sudão do Sul, foi repatriado com sucesso para o seu país de origem. A repatriação foi um esforço conjunto dos governos do Sudão do Sul e do México.

Em maio, a Presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que o seu governo não fora informado sobre a deportação, acusando os EUA de não seguirem o protocolo existente para a repatriação de cidadãos mexicanos que cometeram crimes, como era o caso de Muñoz Gutiérrez, acusado de homicídio. Muñoz Gutiérrez fazia parte de um grupo de oito homens deportados pelos EUA para o Sudão do Sul. A maioria, oriunda de países como Cuba, Laos, Mianmar, Paquistão, Coreia do Sul e Vietname, não possuía quaisquer vínculos com a nação africana.

Um dos deportados era sul-sudanês, mas já foi libertado e entregue à sua família.

Segundo uma porta-voz do ministério sul-sudanês, estas deportações basearam-se em "negociações bilaterais" e não em acordos formais. Desconhece-se o paradeiro e as condições dos restantes homens detidos no Sudão do Sul. A prática de deportar imigrantes para países terceiros em África não se limita ao Sudão do Sul.

Outras nações como o Uganda, o Essuatíni e o Ruanda também receberam deportados dos EUA. Em julho, o Essuatíni acolheu cinco homens com antecedentes criminais e, em agosto, o Ruanda anunciou a chegada de sete deportados.

Paralelamente, uma grande operação policial numa fábrica de baterias da Hyundai na Geórgia resultou na detenção de 475 imigrantes.

A maioria dos detidos tem nacionalidade sul-coreana.

De acordo com a Homeland Security Investigations, entre os detidos encontravam-se imigrantes que entraram ilegalmente no país, bem como outros cujos vistos tinham caducado ou não lhes permitiam trabalhar.