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Filipinas em Alerta Máximo: Supertufão Fung-wong Ameaça Recordes e Interrompe Socorro a Vítimas de Kalmaegi

As Filipinas preparam-se para o impacto do tufão Fung-wong, que ameaça tornar-se um dos mais intensos da história, forçando a suspensão das operações de socorro às vítimas da recente passagem do tufão Kalmaegi.
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As autoridades filipinas anunciaram a suspensão das operações de socorro em Cebu, a província mais afetada pelo tufão Kalmaegi, devido à aproximação de uma nova e poderosa tempestade, o tufão Fung-wong. A decisão visa proteger as equipas de emergência.

"Não podemos colocar em risco os nossos socorristas.

Não queremos que se tornem as próximas vítimas", declarou Myrra Daven, responsável pelas equipas de emergência na região central do país.

A nova ameaça surge poucos dias após a passagem do Kalmaegi, que, segundo dados oficiais, provocou pelo menos 204 mortos e deixou 109 pessoas desaparecidas no arquipélago.

A província de Cebu registou cerca de 70% das vítimas. De acordo com a base de dados EM-DAT, o Kalmaegi é, até ao momento, o tufão mais mortífero do ano. O tufão Fung-wong deverá intensificar-se para a categoria de "supertufão" antes de atingir a ilha principal de Luzon, entre domingo e segunda-feira. Por volta das 11:00 locais, apresentava ventos de 140 km/h e rajadas de 170 km/h. Alguns modelos de previsão, como o HAFS-A, sugerem que poderá tornar-se o ciclone tropical mais intenso da história recente, superando o tufão Haiyan de 2013, com rajadas que podem exceder os 300 km/h e uma pressão atmosférica mínima recorde de cerca de 870 hPa. Os meteorologistas alertam para chuvas intensas, superiores a 200 milímetros, capazes de causar inundações generalizadas.

A baixa pressão extrema pode gerar uma "protuberância barométrica", elevando o nível do mar em mais de 1,6 metros, o que, combinado com a ondulação, pode resultar numa maré de tempestade superior a 8 metros.

Em preparação, moradores de províncias como Aurora e Catanduanes estão a ser evacuados para locais elevados e a amarrar as suas casas.

Os cientistas associam a maior frequência e intensidade destes fenómenos ao aquecimento global, que eleva a temperatura dos oceanos, sendo que a superfície do Pacífico a leste das Filipinas regista atualmente mais de 30 ºC.

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