Braga Reduz IMI: Medida 'Tímida' Une Oposição nas Críticas ao Executivo



A Câmara Municipal de Braga aprovou a redução da taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para os prédios urbanos, que passará de 0,33% para 0,32% em 2026. A medida, que representa uma diminuição de 1,1 milhões de euros na receita municipal, foi viabilizada com os votos favoráveis da coligação Juntos por Braga, PS, Amar e Servir Braga e Iniciativa Liberal, contando apenas com o voto contra do Chega.
Apesar de terem votado a favor, os partidos da oposição consideraram o alívio fiscal insuficiente.
Rui Rocha, vereador da Iniciativa Liberal, afirmou que a poupança para a maioria das famílias equivale a "menos do que um café por mês".
Na mesma linha, o movimento Amar e Servir Braga classificou a proposta como "muito tímida", enquanto o PS calculou que, para um imposto anual de 300 euros, a redução seria de apenas 10 euros.
O Chega, por sua vez, justificou o seu voto contra por princípios.
O vereador Filipe Aguiar declarou que o IMI "é um imposto que não devia existir", por penalizar severamente as famílias.
Embora visse a redução com bons olhos, considerou-a demasiado pequena, defendendo que se deveria ter avançado para a taxa mínima.
Em resposta às críticas, o presidente da Câmara, João Rodrigues, defendeu que a medida assenta na "justiça fiscal e responsabilidade financeira".
Garantiu que o executivo consegue baixar impostos sem comprometer o investimento e os serviços públicos de qualidade. "Não escolhemos entre baixar impostos e fazer obra.
Escolhemos governar com rigor para poder fazer ambas as coisas", afirmou o autarca, sublinhando que a política fiscal do município também visa incentivar a reabilitação urbana.
Na mesma reunião, foi decidido manter a taxa de participação no IRS em 3%, uma decisão que mereceu a abstenção de toda a oposição, que defendia uma redução para 2,75%.











