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A cronologia do processo Bolsonaro, agora condenado por tentativa de golpe de Estado

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi condenado a uma pena de prisão de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, uma decisão histórica do Supremo Tribunal Federal que está a polarizar o Brasil e a gerar reações internacionais.
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A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil condenou, por quatro votos contra um, o ex-presidente Jair Bolsonaro a uma pena de 27 anos e três meses de prisão, com 24 anos a serem cumpridos em regime fechado. Bolsonaro foi considerado culpado de cinco crimes, incluindo tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado de direito e liderança de organização criminosa armada. A sentença inclui ainda o pagamento de uma multa e a sua inelegibilidade.

Além de Bolsonaro, outros sete réus, incluindo ex-ministros e altos comandantes militares como Walter Braga Netto e Anderson Torres, foram também condenados.

A condenação está relacionada com uma trama golpista após as eleições presidenciais de 2022, que Bolsonaro perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o tribunal, o objetivo do grupo era reverter o resultado eleitoral, manter Bolsonaro no poder e assassinar o presidente eleito Lula, o seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A investigação aponta que estes planos culminaram no ataque de 8 de janeiro de 2023, quando apoiantes de Bolsonaro invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

A decisão judicial dividiu profundamente o Brasil.

Enquanto opositores de Bolsonaro celebraram a condenação nas ruas de Brasília, os seus apoiantes e figuras proeminentes da direita brasileira, como os governadores de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, insurgiram-se contra a sentença, prometendo lutar por uma amnistia.

O atual presidente, Lula da Silva, afirmou que "a justiça foi feita segundo os princípios constitucionais do Brasil".

Internacionalmente, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, expressou surpresa com a sentença.

A prisão de Bolsonaro não será imediata, uma vez que a sua defesa já anunciou que irá recorrer da decisão, que classificou como "absurdamente excessiva e desproporcional", admitindo levar o caso a instâncias internacionais.

O processo só transita em julgado quando não houver mais possibilidade de recurso.

Atualmente, o ex-presidente encontra-se em prisão domiciliária.

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