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Ordem dos Psicólogos Portugueses alerta que a solidão é um problema de saúde pública

A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) alertou, na véspera de Natal, para a solidão como um desafio crescente, instando o Governo a tratá-la como uma prioridade de saúde pública devido aos seus graves impactos na saúde, economia e sociedade.
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A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) emitiu um alerta, num documento dirigido a decisores políticos, classificando a solidão como um dos maiores desafios da sociedade contemporânea e um problema global de saúde pública.

Em Portugal, uma em cada dez pessoas admite sentir-se sozinha a maior parte do tempo, um número que sublinha a urgência de uma intervenção governamental para que o seu combate se torne uma prioridade nacional.

Os impactos da solidão na saúde são severos.

Segundo a OPP, aumenta em 14% o risco de mortalidade por todas as causas, um efeito comparável a fumar 15 cigarros por dia. Está também associada a um maior risco de doença cardiovascular, diabetes tipo 2 e um aumento de 31% no risco de demência.

No campo da saúde psicológica, a solidão está ligada a condições como depressão, ansiedade, perturbação bipolar, psicose, stress pós-traumático e ideação suicida.

Globalmente, estima-se que mais de 871.000 mortes anuais estejam relacionadas com a solidão.

Além dos custos humanos, o impacto económico é significativo.

A solidão leva a perdas de produtividade nas empresas, devido a menor concentração, absentismo e presentismo, e a maiores custos para os sistemas de saúde, através de mais consultas, hospitalizações e medicação. A OPP cita exemplos internacionais: em Espanha, o custo foi estimado em 14 mil milhões de euros em 2021 (1,17% do PIB); nos EUA, o isolamento de idosos custa cerca de 6 mil milhões de euros anuais; e no Reino Unido, as empresas perdem aproximadamente 3 mil milhões de euros por ano.

A nível mundial, uma em cada seis pessoas é afetada, com os adolescentes a apresentarem as taxas mais elevadas.

A OPP defende que as intervenções são custo-eficazes, com um retorno que pode variar entre dois e 14 euros por cada euro investido.

A solução proposta passa por uma abordagem integrada e multinível, envolvendo os setores da Saúde, Educação, Trabalho e Urbanismo, numa estratégia nacional que fortaleça a coesão comunitária e reconheça o papel fundamental dos psicólogos.

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