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Críticas da Ordem dos Médicos às Falhas Informáticas no SNS

As recentes e sistemáticas falhas informáticas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) motivaram fortes críticas da Ordem dos Médicos, que aponta para uma "irresponsabilidade" que expõe médicos e doentes a riscos considerados evitáveis.
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Falhas técnicas recorrentes nos sistemas de informação clínicos, geridos pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), têm provocado graves disrupções no Serviço Nacional de Saúde. Uma avaria recente no sistema SClínico afetou múltiplas unidades de saúde, impossibilitando os médicos de aceder a informações cruciais como diários de consulta e de internamento, e dificultando a prescrição de medicamentos e a requisição de exames.

As consequências destas falhas foram sentidas tanto por profissionais como por utentes.

A rutura no acesso à informação clínica centralizada levou ao adiamento de consultas, ao atraso no início de tratamentos e a dificuldades na validação de presenças. A situação gerou maior pressão sobre os serviços de urgência, que viram o acesso ao historial dos doentes dificultado, aumentando o risco de erro clínico e a duplicação de tarefas administrativas. Para os utentes, o resultado foi mais tempo de espera e incerteza.

A Ordem dos Médicos (OM) identifica a origem do problema na migração de sistemas em muitas instituições, que não acautelou a manutenção de um repositório local funcional, deixando os hospitais totalmente dependentes dos sistemas centrais da SPMS. O Bastonário da OM, Carlos Cortes, classificou a situação como "inaceitável" e defendeu como prioritária a implementação de sistemas de redundância. Em linha com esta posição, o Encarregado da Proteção de Dados da Ordem, Frederico Carmo Reis, explicou que um repositório local sincronizado com a base central permitiria que cada Unidade Local de Saúde (ULS) continuasse a sua atividade clínica mesmo durante falhas temporárias. A crítica da OM visa diretamente a falta de planeamento estratégico e de um plano de contingência robusto por parte dos SPMS. A Ordem considera que manter estas falhas sistemáticas revela "irresponsabilidade e ineficiência", expondo "de forma inaceitável médicos e doentes a riscos evitáveis", com um impacto direto na qualidade dos cuidados de saúde prestados.

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