Defesa Intransigente do Socorro Medicalizado: O Futuro do INEM em Jogo



A comunidade médica e de enfermagem manifestou-se veementemente contra uma potencial alteração ao Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) em Portugal. Num comunicado conjunto enviado à ministra da Saúde e à Comissão Parlamentar de Saúde, 42 coordenações de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e a Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR) da Madeira alertaram para os riscos de desmantelar o atual modelo, que consideram garantir "qualidade, segurança e equidade". Esta tomada de posição surge na sequência da notícia da substituição do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Sérgio Janeiro. Embora o sucessor não tenha sido oficialmente anunciado pelo Ministério da Saúde, a comunicação social avançou o nome de Luís Cabral.
A sua eventual nomeação gerou preocupação entre os profissionais, nomeadamente no Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), que critica o modelo implementado por Cabral nos Açores, descrevendo-o como contrário à evidência científica e seis vezes mais caro que o do continente. Os subscritores do comunicado defendem que o modelo português, baseado em equipas integradas de médicos e enfermeiros, é o que melhor serve os doentes. Apoiam-se em dados que indicam que o socorro medicalizado resulta numa maior taxa de sobrevivência após paragem cardiorrespiratória (35,6% contra 9-12%), melhor controlo da dor e estabilização mais rápida dos pacientes.
Consideram que substituir este "modelo maduro e diferenciado" por alternativas importadas seria um "retrocesso histórico" e um "erro grave, pago em vidas".
As Ordens dos Médicos e dos Enfermeiros também apresentaram uma proposta conjunta, datada de 14 de outubro de 2025, para reforçar o sistema atual. Sugerem o fortalecimento dos três níveis de suporte existentes (Básico, Imediato e Avançado de Vida), a consolidação dos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e o investimento em formação acreditada e contínua.
Tanto o Ministério da Saúde como o Presidente da República afirmaram que a substituição na presidência do INEM seguiu os critérios da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).
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