Lula pede mobilização popular contra risco de amnistia a Bolsonaro no Congresso

O julgamento sobre a alegada tentativa de golpe de Estado no Brasil, que tem como um dos principais réus o ex-Presidente Jair Bolsonaro, entrou numa fase decisiva com a apresentação das alegações finais da defesa. Este processo é considerado histórico por ser a primeira vez que um tribunal civil julga um antigo Presidente da República e militares de alta patente no país. Durante as suas sustentações orais, os advogados de Jair Bolsonaro afirmaram que não existem provas de que ele tenha tentado concretizar um golpe.

A estratégia da defesa, no segundo dia do julgamento, focou-se também em críticas ao delator, uma figura central para a acusação.

Nenhum dos réus esteve presente na sessão, incluindo Bolsonaro e o general na reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

Enquanto Brasília e o mundo político acompanhavam atentamente os desenvolvimentos, foi assinalada uma aparente apatia e alheamento por parte de setores da sociedade brasileira.

Numa análise ao tema, o comentador Pedro Marques Lopes comparou os processos judiciais contra políticos no Brasil e nos Estados Unidos, defendendo que, no caso brasileiro, “a Justiça funcionou”.