Osso de baleia com milhares de anos foi removido para museu na Figueira da Foz

Um osso de baleia, que se presume ter milhares de anos, foi descoberto numa praia da Figueira da Foz e posteriormente transferido para o museu municipal, suscitando o interesse da comunidade científica.

Um osso de baleia, presumivelmente com milhares de anos, foi removido da praia de Buarcos, na Figueira da Foz, para o museu municipal da cidade na manhã de quarta-feira. A operação foi conduzida por cinco elementos da Companhia de Bombeiros Sapadores para preservar o achado, que mede cerca de 1,5 metros de comprimento por um metro de largura e pesa centenas de quilos. A descoberta ocorreu na tarde de terça-feira por Sílvia Curado, uma cientista portuguesa.

Inicialmente identificado como um osso pélvico, informações posteriores indicam que se trata da parte traseira do crânio de uma baleia. Após análise de imagens, o paleontólogo Pedro Callapez, da Universidade de Coimbra, sugeriu que o osso poderá ter milhares de anos, possivelmente da época do Plistoceno. O investigador explicou que é frequente na costa a norte do Cabo Mondego surgirem areias da última glaciação, com dezenas de milhares de anos. Callapez teoriza que a ossada, possivelmente de um cachalote, esteve enterrada durante milénios e foi exumada por temporais recentes, que a trouxeram para a costa. O especialista descartou a hipótese de se tratar de um fóssil de dinossauro.

A agência Lusa tentou contactar o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, e responsáveis do Museu Municipal Dr. Santos Rocha, mas sem sucesso.