Preço do ouro atinge novo máximo histórico de 4383 dólares por onça



O valor do ouro alcançou um novo recorde esta segunda-feira, ao atingir os 4.383,76 dólares por onça, superando o máximo anterior registado em outubro, que fora de 4.381,52 dólares. Esta subida reflete a crescente convicção dos investidores de que a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) irá proceder a novas descidas das taxas de juro, uma perspetiva reforçada por dados económicos recentes que indicam um abrandamento da inflação e um enfraquecimento do mercado de trabalho norte-americano. A procura pelo metal amarelo tem sido igualmente alimentada por um clima de incerteza global.
Fatores como a paralisação orçamental nos Estados Unidos, a guerra comercial liderada por Donald Trump e os riscos geopolíticos têm levado os investidores a procurar ativos considerados mais seguros, especialmente perante uma menor confiança no dólar.
O ouro, historicamente, funciona como uma reserva de valor em períodos de instabilidade, protegendo contra a inflação e a desvalorização monetária. Apesar da tendência de subida, que resultou numa valorização acumulada de 67% desde o início do ano até outubro, os analistas alertam para a possibilidade de correções. Após o recorde de outubro, o preço do ouro registou uma queda superior a 5% num único dia, um movimento de realização de lucros que não era observado desde os primeiros meses da pandemia de Covid-19, em 2020. Esta valorização tem um impacto direto nas reservas financeiras de Portugal. O país detém cerca de 382,7 toneladas de ouro, posicionando-se como o 11.º país com as maiores reservas mundiais. Segundo dados do Banco de Portugal, o valor destas reservas aumentou de aproximadamente 31 mil milhões de euros para 46,3 mil milhões, acompanhando a escalada do preço do metal nos mercados internacionais.









