
Cimeira Árabe-Islâmica apela a aliança defensiva e sanções contra Israel



Numa cimeira de emergência em Doha, convocada pelo Qatar, pela Liga Árabe e pela Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), mais de 50 chefes de Estado e altos funcionários de países árabes e islâmicos apelaram à formação de uma aliança política e defensiva para conter Israel.
A reunião foi motivada por um recente ataque israelita em Doha contra líderes do Hamas que participavam em negociações para um cessar-fogo, um ato que o anfitrião, o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al-Thani, classificou como um “ato terrorista covarde” que visava mediadores. Durante a cimeira, que decorreu num tom descrito como muito duro, vários líderes expressaram indignação perante o que consideram ser um Israel “sem limites”.
O rei Abdullah II da Jordânia defendeu a necessidade de “decisões práticas” para enfrentar a ameaça de um governo israelita “extremista”.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, defendeu que os países islâmicos se tornem “autossuficientes” em matéria de defesa, enquanto o Presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, advertiu que as ações de Israel “enfraquecem” os acordos existentes na região. O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, afirmou que o governo israelita “não pode ser parceiro de segurança”.
A declaração final da cimeira, embora menos incisiva que os discursos, instou a comunidade internacional a impor sanções a Israel, a rever as relações diplomáticas, a excluir o país da ONU e a apoiar os mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional contra Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant. Paralelamente, os países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) ordenaram a ativação de “mecanismos de defesa conjuntos” e manifestaram apoio total à segurança do Qatar.
A reunião e o ataque que a motivou geraram reações internacionais.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, aconselhou Israel a ser “muito cuidadoso” com o Qatar, descrevendo o país como um “grande aliado” e anfitrião da maior base militar norte-americana no Médio Oriente.
Por sua vez, o Conselho de Direitos Humanos da ONU convocou um debate de urgência sobre o ataque em Doha.
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