Bombeiros portugueses reivindicam carreira profissional e recebem novos equipamentos

A atualidade dos bombeiros em Portugal é marcada pela reivindicação de uma carreira profissional digna e por investimentos municipais em novos equipamentos de proteção, contrastando com polémicas sobre a gestão de verbas em algumas autarquias.

Bombeiros voluntários de associações humanitárias manifestaram-se em Lisboa, junto ao Ministério da Administração Interna, para exigir a criação de uma carreira profissional. A concentração, que reuniu cerca de 30 pessoas e foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), resultou na entrega de uma resolução à secretaria de Estado da Proteção Civil. As principais reivindicações incluem, para além da criação da carreira, aumentos salariais e o reconhecimento da profissão como sendo de desgaste rápido.

Segundo o sindicato, a ausência de um regime jurídico específico desde 2007 gera desigualdades entre profissionais que desempenham as mesmas funções em diferentes corporações, faltando uma estrutura hierárquica, regras de progressão e uma tabela remuneratória uniformes.

Em paralelo com estas reivindicações, vários municípios investiram na modernização dos equipamentos das suas corporações.

Em Santarém, a Companhia de Sapadores recebeu novos capacetes, numa iniciativa que marca o início da renovação dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

O presidente da Câmara Municipal, João Teixeira Leite, sublinhou que a segurança dos bombeiros é uma prioridade.

De igual modo, os Bombeiros Voluntários de Pampilhosa da Serra receberam 66 kits de EPI para o combate a incêndios rurais. Esta ação insere-se num plano da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, apoiado pelo PT2030, que prevê um investimento global de 4 milhões de euros para capacitar as corporações da região.

No entanto, a gestão dos recursos para os bombeiros também foi alvo de controvérsia política. Em Santa Cruz, a coligação Mais Santa Cruz (PSD) acusou o executivo municipal do JPP de esbanjar 44.275 euros da Taxa Municipal de Proteção Civil na aquisição de um veículo histórico para os bombeiros sapadores. A Câmara Municipal de Santa Cruz rejeitou as acusações, esclarecendo em comunicado que a verba utilizada para a compra não teve origem na referida taxa.