
Atividade do Papa Leão XIV: Canonizações, Defesa do Matrimónio e Apelo à Inclusão



Numa missa de canonização que reuniu cerca de 55 mil pessoas na Praça de São Pedro, o Papa Leão XIV elevou sete figuras dos séculos XIX e XX à santidade, elogiando-as como exemplos de «homens e mulheres autênticos» que uniram a fé à luta pela justiça. Durante a homilia, o pontífice sublinhou que a fé sustenta o empenho pela justiça e alertou para os riscos de um mundo sem a mesma, afirmando que sem a relação com Deus os bens materiais e culturais perdem o sentido.
Entre os novos santos encontram-se os primeiros da Venezuela, José Gregório Hernández e Cármen Rendiles Martinez, e da Papua Nova Guiné, o catequista Pedro To Rot.
A lista inclui ainda o mártir Inácio Choukrallah Maloyan, as fundadoras Vicenza Maria Poloni e Maria Troncatti, e o advogado Bártolo Longo.
Paralelamente, o Papa Leão XIV emitiu fortes mensagens em defesa do matrimónio cristão, por ocasião do 10.º aniversário da canonização dos santos Luís e Zélia Martin, pais de Santa Teresa de Ávila.
Descreveu o matrimónio como uma das «mais nobres e elevadas» vocações, contrastando-o com modelos de união «muitas vezes fugazes, individualistas e egoístas» que podem fazer a família parecer «ultrapassada e aborrecida».
O Papa apresentou o casal Martin como um «modelo luminoso» para os jovens e um exemplo dos «santos da porta ao lado», que viveram a sua fé na vida quotidiana, encorajando os cônjuges a perseverarem na sua vocação com Cristo no centro.
A preocupação pastoral do pontífice estendeu-se também às comunidades marginalizadas.
Numa audiência por ocasião do Jubileu dos Ciganos, Sinti e Caminanti, Leão XIV pediu aos participantes que se tornem «protagonistas da mudança de época em curso», superando a desconfiança mútua e partilhando a beleza da sua cultura. Criticou as sociedades «avançadas» por terem sistematicamente colocado estas comunidades à margem e instou a que cada diocese desenvolva uma «atenção pastoral adequada» para promover o seu desenvolvimento humano integral, sublinhando que a dignidade do trabalho e da oração deve ser a sua força.
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