Vaticano em Destaque: Apelos do Papa à Unidade Cristã e ao Compromisso dos Jovens no Dia de Cristo Rei



A solenidade de Cristo Rei, a 23 de novembro de 2025, foi marcada pela publicação da carta apostólica ‘In unitate Fidei’ pelo Papa Leão XIV, por ocasião dos 1700 anos do Concílio de Niceia. No documento, o pontífice apela a que os cristãos sejam um “sinal de paz e instrumento de reconciliação”, sublinhando que o Credo formulado em Niceia constitui um “património comum” que une católicos, ortodoxos e protestantes. Leão XIV destaca a importância de caminhar em concórdia e prepara a sua primeira viagem internacional, à Turquia e ao Líbano, que visa encorajar um “renovado impulso na profissão da fé”. A carta apostólica aprofunda a ligação entre a fé e a caridade, rejeitando a ideia de um Deus distante e afirmando que “o amor a Deus sem o amor ao próximo é hipocrisia”.
O Papa adverte que a negação da divindade de Cristo, combatida em Niceia, não era um “detalhe secundário”, mas sim o “cerne da fé cristã”. Leão XIV defende um ecumenismo “voltado para o futuro”, que seja uma “reconciliação no caminho do diálogo”, sustentando que “o que nos une é muito mais do que o que nos divide”. No mesmo dia, em que a Igreja celebra o Dia Mundial da Juventude a nível diocesano, o Papa Leão XIV dirigiu uma mensagem aos jovens, rezando para que cada um “descubra a beleza e a alegria de seguir o Senhor”.
Na sua mensagem, publicada a 7 de outubro, apelou ao compromisso dos jovens, desde o voluntariado à “caridade política”, para se tornarem “artesãos da paz” e promoverem a fraternidade. Recordando o recente Jubileu dos Jovens em Roma, o Papa apontou o caminho de preparação para a próxima Jornada Mundial da Juventude internacional, em Seul, em 2027.
As celebrações no Vaticano incluíram ainda o Jubileu dos Coros e Grupos Corais, inserido no Ano Santo 2025.
Presidindo à missa na Praça de São Pedro, Leão XIV apresentou os coros como um exemplo de “Igreja em caminho” e sinodal, pela sua capacidade de harmonizar diferentes vozes num único louvor. O Papa alertou os coralistas contra a “tentação da exibição” e sublinhou que o seu serviço é um ministério que deve inspirar e envolver toda a comunidade litúrgica, em vez de se separar dela.










