Primeira Visita de Estado do Papa Leão XIV ao Presidente Italiano

O Papa Leão XIV realizou a sua primeira visita oficial ao Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, um encontro no Palácio do Quirinal focado em apelos à paz mundial, ao acolhimento de migrantes e à proteção da família.

O Papa Leão XIV visitou pela primeira vez o Palácio do Quirinal, a residência oficial do Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella.

A visita de Estado foi marcada por discursos que abordaram temas centrais como a paz, as relações entre a Itália e o Vaticano, a crise demográfica e a colaboração entre a Igreja e o Estado. O encontro privado entre os dois chefes de Estado foi seguido por uma sessão oficial com a presença de diversas autoridades, incluindo a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.

Um dos temas centrais da intervenção do Papa foi a migração.

Leão XIV agradeceu a "grande generosidade" da Itália no acolhimento de migrantes e apelou a uma "integração construtiva". Manifestou também preocupação com a quebra demográfica no país, pedindo a promoção de condições de trabalho justas e de apoio à maternidade e paternidade.

Adicionalmente, o pontífice reforçou a importância da proteção da vida em todas as suas fases, desde a conceção até à morte natural, e da acessibilidade aos cuidados de saúde.

Perante um cenário mundial marcado por conflitos, o Papa renovou o seu "apelo veemente" pela paz.

Agradeceu o papel da Itália no apoio às crianças de Gaza, em colaboração com o hospital pediátrico da Santa Sé. Leão XIV mencionou ainda a questão ambiental, destacando que o oitavo centenário da morte de São Francisco de Assis será uma oportunidade para enfatizar a urgência do "cuidado da casa comum".

Na sua saudação, o Presidente Sergio Mattarella refletiu sobre o cenário internacional, lamentando que "a lógica do mais forte" e "a tentação de recorrer às armas" pareçam prevalecer, citando a agressão russa à Ucrânia e o conflito no Médio Oriente.

O Papa, por sua vez, reiterou a importância de uma colaboração respeitosa entre Igreja e Estado, sublinhando que ambos servem o "bem comum".

O Palácio do Quirinal, outrora residência papal de verão, foi apresentado como um símbolo desta herança partilhada.

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