"Líbano, levanta-te! ": O Apelo do Papa Leão XIV à Paz e à Esperança no Médio Oriente



A visita do Papa Leão XIV ao Líbano, que concluiu a sua primeira viagem internacional iniciada na Turquia, foi marcada por um forte apelo à paz e à reconciliação.
Perante dezenas de milhares de fiéis em Beirute, o Papa defendeu "novas abordagens" para o Médio Oriente, instando a comunidade internacional e os líderes políticos a rejeitarem a "mentalidade de vingança e violência" e a superarem as divisões políticas, sociais e religiosas.
A paz foi a palavra-chave durante toda a deslocação, que Leão XIV descreveu como uma "peregrinação de esperança" a uma terra marcada pela instabilidade e pelo sofrimento.
Um dos momentos mais marcantes da visita foi a oração silenciosa do pontífice no porto de Beirute, local da devastadora explosão de 2020.
O Papa reconheceu a dor do povo libanês, mencionando a "dramática crise económica", o "contexto político frágil e instável" e a violência que desperta "antigos medos".
Afirmou levar consigo a "sede de verdade e justiça" das famílias das vítimas e apelou ao fim dos ataques e hostilidades.
A sua agenda incluiu também encontros inter-religiosos e com jovens, reforçando a mensagem de diálogo.
Na homilia da missa final, no Beirut Waterfront, Leão XIV dirigiu-se diretamente aos libaneses, convidando-os a encontrar "pequenas luzes brilhantes no coração da noite" e a não cederem à resignação.
Destacou a fé das famílias, o trabalho das escolas cristãs e o empenho na caridade como "rebentos de esperança".
O Papa pediu um esforço coletivo para a transformação, exortando a que se "desarmem os corações", se derrubem "as armaduras dos fechamentos étnicos e políticos" e se abram as confissões religiosas ao "encontro recíproco".
A visita culminou com uma exortação profética: "Líbano, levanta-te!
Sê casa de justiça e de fraternidade! Sê profecia de paz para todo o Levante!".
No seu discurso de despedida, Leão XIV, que revelou estar a cumprir um desejo do seu predecessor, o Papa Francisco, reiterou que "as armas matam; a negociação, a mediação e o diálogo edificam".











