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O processo de adesão da Ucrânia à UE

A adesão da Ucrânia à União Europeia ganha novo impulso com a visita da Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, a Kiev, num momento em que a política de alargamento do bloco comunitário regressa à agenda estratégica.
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A Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, manifestou em Kiev o seu apoio à adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), saudando o "progresso" alcançado pelo país. Num discurso no parlamento ucraniano, a Verkhovna Rada, após um encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky, Metsola assegurou o "total apoio do Parlamento Europeu" ao processo, afirmando estar convencida de que será encontrado "um caminho a seguir".

Como passo concreto, o governo ucraniano enviou a Bruxelas um relatório sobre o cumprimento dos requisitos para a integração, abrangendo o Estado de direito, reformas na administração pública e o funcionamento das instituições democráticas.

No entanto, o processo enfrenta obstáculos, nomeadamente o possível veto da Hungria, que acusa a Ucrânia de não conceder direitos suficientes à sua minoria húngara.

Embora os principais partidos do Parlamento Europeu apoiem a aceleração do processo, a sua posição não é vinculativa, e a adesão requer a aprovação unânime dos Estados-Membros.

A UE está a procurar formas legais de contornar o bloqueio húngaro.

Para além do apoio político, Metsola anunciou a abertura de uma delegação permanente do Parlamento Europeu em Kiev, um "sinal inequívoco de solidariedade e parceria" para garantir uma presença "no terreno". A presidente do PE sublinhou que a Ucrânia necessita de medidas concretas, que incluem a manutenção da ajuda humanitária e militar, investimentos e a aplicação de "sanções severas para enfraquecer a máquina de guerra da Rússia". Atualmente, a UE prepara o seu décimo nono pacote de sanções contra Moscovo.

Durante a visita, Metsola saudou ainda as autoridades de Kiev por reporem a independência das agências anticorrupção. Durante um evento com a presença de Metsola, o Presidente Zelensky estimou o custo anual da guerra em 120 mil milhões de dólares, metade dos quais necessitam de financiamento externo. Anunciou também a intenção de mobilizar mais 1,5 mil milhões de dólares junto dos aliados europeus para a compra de armamento aos Estados Unidos. Esta atenção renovada à candidatura da Ucrânia insere-se num contexto mais amplo de reativação da política de alargamento da UE, que esteve parada durante anos e foi impulsionada pela guerra de agressão da Rússia, recolocando na agenda política não só Kiev, mas também os cinco países candidatos dos Balcãs Ocidentais.

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