
Na íntegra: as declarações em que Marcelo conta que avisou Montenegro antes da festa do Pontal



Após 25 dias de grandes incêndios em Portugal, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reconheceu que o Governo pode ter contribuído para uma "perceção" de que não acompanhou a situação de forma próxima, embora considere essa perceção injusta. Em resposta à crise, o Executivo anunciou 45 medidas de apoio para as populações afetadas e propôs um pacto para a gestão futura das florestas. O pedido de desculpas de Montenegro e as medidas anunciadas, no entanto, não foram suficientes para conter as críticas de vários setores políticos. A controvérsia foi agravada pela participação do primeiro-ministro e de vários ministros na festa do Pontal a 14 de agosto, enquanto parte do país ardia.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, embora ilibando a ministra da Administração Interna, revelou ter avisado Montenegro no dia anterior, a 13 de agosto, sobre a "complicação dos fogos".
Apesar do aviso, o primeiro-ministro optou por manter a sua presença no evento festivo.
As reações dos partidos da oposição foram duras.
Partidos de esquerda acusam o Governo de estar mais preocupado com a sua imagem e de governar "com base nas perceções" do que em resolver os problemas concretos das populações. O Partido Socialista, através de José Luís Carneiro, criticou Montenegro por "perder tempo" com novas medidas em vez de aplicar a legislação já existente e enviou sete perguntas ao Governo para esclarecer as ações de prevenção e combate.
À direita, o Chega voltou a pedir a demissão da ministra da Administração Interna.
As críticas, de forma geral, acusam o primeiro-ministro de "teimosia" e de uma resposta tardia e insuficiente à tragédia dos incêndios.
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