Depressão Emília na Madeira: Centenas de ocorrências, um realojado e caos nos transportes



O mau tempo provocado pela depressão Emília no arquipélago da Madeira, particularmente na sexta-feira e no sábado, resultou num total de 353 ocorrências registadas pelo Serviço Regional de Proteção Civil (SPRC).
As operações para responder a estas situações, que incluíram quedas de árvores, inundações e danos em estruturas, mobilizaram 767 operacionais e 367 meios terrestres.
A consequência humana mais significativa foi o realojamento de uma pessoa no concelho de Santa Cruz, devido aos danos provocados na sua habitação.
As autoridades confirmaram não haver registo de outras vítimas. O concelho de Santa Cruz foi um dos mais fustigados, com os bombeiros a responderem a 105 ocorrências diversas, entre as quais se destacam 48 quedas de árvores e 14 quedas de elementos de construção.
Face ao perigo, as autoridades emitiram recomendações à população para evitar zonas arborizadas e circular com especial prudência.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a intensidade da tempestade foi notória, com uma rajada máxima de vento de 147 km/h registada no Chão do Areeiro.
Várias outras estações meteorológicas no arquipélago registaram rajadas superiores a 100 km/h.
Além do vento, houve forte precipitação, com um valor acumulado de 91 milímetros em 24 horas no Chão do Areeiro, e queda de neve nos pontos mais altos da ilha, onde as temperaturas desceram abaixo de zero.
Os efeitos da depressão Emília estenderam-se a infraestruturas críticas, nomeadamente ao Aeroporto Internacional da Madeira - Cristiano Ronaldo, que viu o seu movimento condicionado durante dois dias.
Mais de uma centena de voos foram cancelados, afetando milhares de passageiros.
A situação no aeroporto apenas regressou à normalidade no domingo.
O mau tempo obrigou também ao adiamento do jogo de futebol da I Liga entre o Nacional e o Tondela, que foi reagendado.






