Paulo Pires do Vale: O Desejo e a Vitalidade como Antídotos ao Medo e à Manipulação

Numa entrevista em formato podcast, o filósofo Paulo Pires do Vale analisa os perigos do discurso de ódio e da manipulação pelo medo, defendendo o desejo e a renovação pessoal como forças de resistência.

O filósofo, professor universitário, ensaísta e curador Paulo Pires do Vale partilhou as suas reflexões sobre desafios societais contemporâneos na segunda parte da sua participação no podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”.

A sua intervenção centrou-se em apontar caminhos para combater fenómenos como o discurso de ódio, a desinformação e os perigos associados aos radicalismos.

Uma das principais preocupações expressas por Pires do Vale é a instrumentalização do medo.

Segundo o filósofo, existe uma crescente inquietação com "a forma como o medo está a ser usado para nos manipular", sublinhando o perigo que esta tática representa para a autonomia individual e coletiva.

A sua análise foca-se na necessidade de reconhecer e resistir a estas formas de manipulação que se alimentam da insegurança e da incerteza.

Como contraponto a estas forças negativas, Paulo Pires do Vale exalta o poder do desejo e da vitalidade.

Descreve o desejo como "uma força de vida", um impulso intrínseco "de querer fazer, experimentar".

Lança um apelo para que as pessoas deem forma aos seus desejos, sugerindo que a ação e a experimentação são antídotos contra a paralisia induzida pelo medo.

Numa outra reflexão, o ensaísta fala sobre a capacidade de se sentir jovem em qualquer fase da vida, afirmando: “Sinto-me a ‘remoçar’, a voltar a moço.

Há uma juventude em todas as idades”.

Esta ideia reforça a sua mensagem de esperança e de contínua renovação pessoal face às adversidades.