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Desigualdades colocam riscos à democracia, afirma Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, alertou que as desigualdades sociais e económicas representam um risco significativo para a democracia, sublinhando a interligação entre uma economia forte, direitos sociais e um regime democrático saudável.
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No encerramento do Fórum Social do Porto 2025, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirmou que alguns dos riscos que a democracia enfrenta atualmente estão "claramente relacionados com algumas desigualdades".

O governante defendeu que para se alcançar uma dimensão social justa, é imperativo cuidar de todas as dimensões da sociedade — social, económica, ambiental e política —, pois encontram-se intrinsecamente ligadas.

Segundo Rangel, o modelo europeu assenta na interconexão dos direitos sociais, económicos e ambientais, que não podem ser separados.

Frisou que nunca será possível ter uma economia forte e uma democracia adequada sem a garantia de direitos sociais. O ministro lembrou que a democracia é o "regime da classe média" e que esta só pode existir numa economia rica e funcional. Neste sentido, alertou que "se há uma pequena percentagem de pessoas que são muito ricas e todas as outras são pobres então a democracia está em risco".

Perante a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, presente na plateia, Rangel explicou não haver contradição entre uma economia rica e um estado de bem-estar social, concluindo que "numa economia pobre nunca haverá uma dimensão social". O Fórum Social do Porto, uma iniciativa do Governo português com o apoio da Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho Europeu, serviu para a Comissão Europeia fazer um balanço dos progressos na implementação do Plano de Ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais. Este plano, cujas metas foram estipuladas durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia em 2021, quando António Costa era primeiro-ministro, visa alcançar, até 2030, uma taxa de emprego de 78%, garantir que 60% dos adultos recebam formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas da situação de pobreza ou exclusão social.

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