
PCP quer ouvir governador do Banco de Portugal sobre prescrição de coimas a "cartel da banca"



O processo judicial do 'cartel da banca' chegou ao fim com a anulação definitiva das coimas de 225 milhões de euros aplicadas pela Autoridade da Concorrência (AdC) a onze instituições bancárias. A decisão final partiu do Tribunal Constitucional (TC) que, num acórdão de 25 de agosto, rejeitou uma segunda tentativa da AdC para reverter a anulação. Com isto, transitou em julgado a decisão anterior do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL), que havia declarado a prescrição da contraordenação.
O TC justificou a sua recusa em analisar o recurso por considerar que a questão levantada pela AdC 'não tem natureza normativa'.
A acusação original, confirmada em primeira instância pelo Tribunal da Concorrência, referia-se a 'comprovadas práticas de cartelização de preços ocorridas entre 2002 e 2013'.
Durante este período, ficou provado que os bancos agiram em 'conluio', trocando regularmente informações sensíveis por telefone e email sobre os 'spreads' a praticar no crédito e os volumes de crédito concedidos. Entre os bancos visados estavam a Caixa Geral de Depósitos, BCP, Santander Totta, BPI e Montepio.
O Barclays também foi condenado, mas não foi alvo de coima por ter denunciado o caso.
A anulação das coimas motivou uma forte reação do Partido Comunista Português (PCP), que requereu a audição parlamentar urgente do governador do Banco de Portugal e do presidente da AdC. O líder do PCP, Paulo Raimundo, considerou o 'perdão' à banca uma 'profunda injustiça' e um 'escândalo que o país não pode aceitar', contrastando-o com a falta de clemência para cidadãos que se atrasam no pagamento de uma prestação.
O partido quer apurar as responsabilidades que permitiram a prescrição, questionando, nomeadamente, os motivos que levaram a AdC a demorar sete anos para aplicar a coima inicial.
O PCP argumenta que o desfecho do processo evidencia um sistema favorável aos interesses do 'grande capital financeiro' e uma 'desproporção de meios' entre a banca e a entidade reguladora.
Por sua vez, fonte oficial da AdC reagiu à decisão final, garantindo que a autoridade 'fez tudo o que pôde' para que a infração, confirmada por dois tribunais, fosse punida, e sublinhou que a decisão do TC 'não retira razão à AdC'.
Artigos
13












Política
Ver mais
Governo Exclui Emigrantes de Apoios a Incêndios, Gerando Protestos
O Governo publicou no domingo, 24 de Agosto, uma edição especial do Diário da República, onde um Decreto-Lei fixa medidas de apoio e mitigação do impacto de incêndios rurais. As directivas, que geram forte polémica, prevêem apoios para a reconstrução de habitações permanentes. O ministro Manuel Castro Almeida confirmou que emigrantes ficam fora destas medidas. […] O conteúdo Governo Exclui Emigrantes de Apoios a Incêndios, Gerando Protestos aparece primeiro em oRegiões.

Chega questiona quem fiscaliza os entulhos depositados na ribeira do Faial
A candidatura do Chega à Câmara Municipal de Santana denuncia o vazadouro de terras que está a ocorrer na Ribeira do Faial e questiona quem é responsável pela fiscalização do mesmo. "Esta acção irresponsável representa um atentado ao meio ambiente, à segurança das populações e ao equilíbrio dos ecossistemas locais, e continua a avançar impunemente", considera Neuza Rodrigues. A cabeça-de-lista critica a Câmara Municipal de Santana, a Inspeção do Ambiente e a Guarda Nacional Republicana que, atra

Papa canonizou o “influencer de Deus”
Conhecido como “o ‘influencer’ de Deus”, Carlo Acutis, um adolescente italiano ávido de internet que morreu em 2006, aos 15 anos, foi, este domingo, canonizado pelo Papa Leão XIV, tornando-se o primeiro ‘millennial’ a ser declarado santo. Durante uma missa solene, o Papa pronunciou a fórmula latina que confirma a canonização de Carlo Acutis e […] O conteúdo Papa canonizou o “influencer de Deus” aparece primeiro em BOM DIA.

Carneiro: Escrutínio político de Moedas será nas eleições
Depois de Pedro Nuno Santos ter pressionado o PS a reagir a Carlos Moedas, o secretário-geral dos socialistas defendeu a posição assumida por Alexandra Leitão e remeteu o escrutínio para as eleições.