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Condições do Centro de Saúde Norton de Matos em Coimbra

O Partido Comunista Português (PCP) questionou o Governo na Assembleia da República sobre a grave degradação das infraestruturas do Centro de Saúde Norton de Matos, em Coimbra, que serve cerca de 40 mil utentes.
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Através de uma pergunta submetida pela deputada Paula Santos ao Ministério da Saúde, o PCP expôs a "situação de fragilidade do edificado e falta de climatização" que afeta as unidades de saúde a funcionar no Centro de Saúde Norton de Matos. Este centro, localizado em Coimbra, alberga as Unidades de Saúde Familiar (USF) Pulsar, Norton de Matos e Briosa, bem como a Unidade de Cuidados na Comunidade Norton de Matos, abrangendo um universo de 40 mil utentes. Na sua interpelação, o partido detalha uma série de problemas graves, incluindo a ausência de um sistema de climatização funcional na maioria das instalações, o que resulta em temperaturas interiores "elevadíssimas" durante o verão, frequentemente superiores às do exterior. Esta situação cria um "ambiente de sufoco térmico" que prejudica as condições de trabalho e o exercício clínico, afetando particularmente os utentes mais vulneráveis, como idosos, crianças, grávidas e doentes crónicos. A degradação estende-se a pisos e paredes, mobiliário e equipamento terapêutico desadequados, isolamento deficiente das janelas, falta de lavatórios em gabinetes de enfermagem e a inexistência de planos de emergência.

As instalações foram ainda atingidas por graves inundações em fevereiro.

As consequências destas condições já se fizeram sentir, com o registo de episódios de mal-estar entre utentes que necessitaram de assistência clínica emergente no local. Além disso, ocorreram falhas no sistema de refrigeração que levaram à inutilização de vacinas armazenadas.

O PCP questiona o Governo sobre que medidas irá tomar para implementar uma climatização eficaz e se prevê alocar verbas para a requalificação urgente do edifício. O partido alerta ainda que o projeto de ampliação previsto para a unidade é insuficiente, pois as novas instalações não terão capacidade para acolher todas as unidades existentes e não estão contempladas intervenções de requalificação nos edifícios atuais. Deste modo, o PCP considera que a solução estrutural para o futuro do centro de saúde "não parece estar garantida nem contratualmente prevista".

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