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Pedidos de asilo na União Europeia caem 23% no primeiro semestre de 2025

O número de pedidos de asilo na União Europeia registou uma quebra acentuada no primeiro semestre de 2025, uma mudança impulsionada pela diminuição de requerentes sírios que resultou na taxa de reconhecimento mais baixa de sempre.
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A União Europeia (UE) recebeu 399 mil pedidos de asilo no primeiro semestre de 2025, o que representa uma "quebra significativa" de 23% em comparação com o período homólogo do ano anterior. Segundo a Agência da União Europeia para o Asilo (EUAA), esta diminuição está diretamente relacionada com a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria, em dezembro de 2024, que levou a um número muito menor de cidadãos sírios a procurar asilo no espaço comunitário. Esta alteração demográfica teve consequências diretas na taxa de reconhecimento de asilo, que atingiu o nível mais baixo de sempre. Depois de se manter nos 40% nos últimos três anos, a percentagem de pedidos aceites caiu para 25% nos primeiros seis meses de 2025. Com a diminuição dos requerentes sírios, os cidadãos da Venezuela e do Afeganistão tornaram-se as principais nacionalidades a apresentar pedidos de asilo, com os venezuelanos a fugirem de uma "profunda crise económica e política". Esta mudança também alterou os principais países de destino: a Alemanha deixou de ser o principal recetor, sendo ultrapassada pela França e Espanha em número absoluto de pedidos, enquanto a Grécia e Chipre receberam o maior número de pedidos per capita. Apesar da redução de novos pedidos, o sistema de asilo europeu continua sob pressão. No final de junho de 2025, havia 918.000 casos pendentes de uma decisão em primeira instância, e o número total de processos, incluindo recursos, era de aproximadamente 1,3 milhões no final de maio. Em paralelo, a UE acolhia cerca de 4,5 milhões de beneficiários de proteção temporária que fugiram da Ucrânia, com a Alemanha e a Polónia a receberem metade deste total. O comissário europeu para os Assuntos Internos e Migração, Magnus Brunner, atribuiu a quebra no número de pedidos à implementação do novo Pacto sobre Migrações e Asilo, que introduziu "procedimentos mais eficientes", especialmente para pedidos com poucas hipóteses de sucesso.

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