Mobilidade Urbana em Destaque na Campanha Autárquica

A mobilidade urbana e o desenvolvimento dos transportes públicos emergem como temas centrais na campanha para as eleições autárquicas, com propostas e controvérsias a marcar o debate em cidades como Porto, Braga e Viana do Castelo.

No Porto, a segunda fase das obras do metrobus na Avenida da Boavista gerou uma acesa polémica.

A Metro do Porto assegura que o arranque dos trabalhos, que implicou o abate de árvores, só avançou com a devida autorização da câmara municipal, refutando acusações de desrespeito por parte da Assembleia Municipal.

A empresa justifica a decisão com a necessidade de cumprir o contrato e os prazos do Financiamento Comunitário (PRR).

No entanto, o candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL, Pedro Duarte, interpôs uma providência cautelar para suspender as obras e responsabilizou o seu adversário Filipe Araújo, atual responsável pelo pelouro do Ambiente, pelo sucedido.

Outros candidatos, como Diana Ferreira (CDU), defendem uma rede metropolitana integrada, enquanto Hélder Sousa (Livre) apoia o metrobus mas critica o abate de árvores.

Em Braga, o candidato independente Ricardo Silva, do movimento Amar e Salvar Braga, apresentou uma solução de mobilidade assente numa rede de ‘tram-train’ a ser implementada até 2037.

O projeto prevê quatro linhas num total de 47 quilómetros. Embora exista um projeto de BRT (metrobus) com financiamento aprovado, Silva propõe que o traçado inicial de três quilómetros seja já preparado com carris para não inviabilizar a futura rede de ‘tram-train’, que permitiria a ligação a concelhos vizinhos. A sua candidatura defende ainda que a futura estação de TGV se localize em Ferreiros, por ser uma zona mais central. Em Viana do Castelo, o candidato do PS à reeleição, Luís Nobre, comprometeu-se a alargar a rede de transportes públicos para servir mais de 70 mil habitantes, através da criação de um “segundo anel” de cobertura.

A cidade já iniciou a operação com 11 novos autocarros elétricos, financiados pelo PRR, sendo o serviço gratuito durante os primeiros dois meses.

Noutras paragens, como em Vila Nova de Gaia, são reportados problemas com a operação da Unir, com o operador a atribuir as falhas no serviço aos congestionamentos no interface de D. João II.

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