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Novo Rumo para o Porto: Pedro Duarte Prioriza Diversificação Económica em Detrimento do Turismo e Imobiliário

Ao tomar posse como novo presidente da Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte alertou para os riscos de uma economia excessivamente dependente do turismo e do imobiliário, defendendo a necessidade de repensar o modelo de desenvolvimento da cidade para um futuro mais sustentável e inclusivo.
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No seu discurso de tomada de posse, realizado no Mosteiro de São Bento da Vitória, o novo presidente da Câmara do Porto, Pedro Duarte, estabeleceu como principal desígnio do seu mandato a reavaliação do modelo de desenvolvimento económico da cidade. O autarca alertou que "uma cidade que depende em excesso do turismo e do imobiliário corre o risco de se tornar refém do seu próprio sucesso", sublinhando que, apesar do crescimento da cidade, surgiram novos problemas como a pressão sobre a habitação, a insegurança, as limitações à mobilidade e a persistência de desigualdades. Para contrariar esta dependência, Pedro Duarte propõe um reforço da "base produtiva" do Porto, com uma aposta em bens e serviços transacionáveis.

A sua estratégia passa por diversificar a economia, consolidar a economia do conhecimento, valorizar as indústrias criativas, atrair empresas inovadoras e proteger o comércio de proximidade, que considera fundamental para a coesão social da cidade. O novo presidente elencou cinco pilares para a sua governação: foco na resolução dos "problemas reais" dos cidadãos, atuação baseada no diálogo e no consenso, manutenção do "legado portuense das contas certas e da gestão responsável" do seu antecessor Rui Moreira, governação de proximidade "nas ruas e nos bairros" e o exercício do poder com coragem e independência face a interesses particulares.

Com uma visão que transcende os limites do município, Duarte afirmou que "o Porto não pode – nem quer – fechar-se sobre si próprio" e deve ser pensado em articulação com a Área Metropolitana, a Região Norte, o País e a Europa. Assumiu a ambição de liderar a região para unir, projetar o Grande Porto e fortalecer o papel do Norte em Portugal, afirmando a cidade "sem complexos".

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