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Inquérito revela que metade das escolas inquiridas terminou o primeiro período com falta de professores

A falta de professores nas escolas públicas portuguesas é um problema que se alastrou a todo o país, com dezenas de agrupamentos a chegar ao final do primeiro período letivo com horários por preencher.
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Pelo menos 44 escolas, correspondendo a metade das inquiridas, terminaram o primeiro período letivo com falta de professores, segundo um inquérito realizado pela Missão Escola Pública (MEP). O estudo, que obteve respostas de 88 diretores escolares, representativos de mais de 10% das escolas públicas do país, revela uma situação preocupante: em pelo menos 34 desses estabelecimentos de ensino, há alunos sem professor a uma disciplina desde o início do ano letivo, em setembro. A escassez de docentes é um fenómeno que se estendeu a todo o território nacional.

As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve são as mais afetadas, com 58% e 60% das escolas inquiridas, respetivamente, a reportarem horários por preencher durante todo o período.

No Centro, a dificuldade afetou três em cada dez escolas, enquanto no Alentejo um quarto dos agrupamentos admitiu ter tido disciplinas sem professor. Mesmo no Norte, onde o problema é menos acentuado, 14% dos agrupamentos sentiram dificuldades. A MEP alerta que a situação é particularmente grave no 1.º ciclo, onde 14% dos agrupamentos reportaram turmas sem professor, o que significa que as crianças deixaram de ter aulas.

Para colmatar as falhas, a maioria das escolas recorreu a soluções paliativas.

A atribuição de horas extraordinárias foi o principal recurso, utilizado por 81% dos diretores inquiridos.

Além disso, oito em cada dez escolas contrataram professores sem formação pedagógica específica (com habilitação própria), uma prática que, segundo a MEP, deixou de ser excecional para se tornar regular.

Em 47% dos casos, a ocupação de um horário vago demorou mais de um mês.

A Missão Escola Pública adverte que o funcionamento das escolas está cada vez mais dependente do esforço adicional dos professores e questiona a sustentabilidade destas medidas.

A organização sublinha os riscos que esta carência representa para a qualidade das aprendizagens, a avaliação e a equidade do sistema educativo.

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